(Foto: ABr)
Em um ano, total de desempregados cresceu
20%. E o de desalentados aumentou 25%, chegando a 6 milhões
31 de março de 2021
Rede Brasil Atual - O país iniciou 2021 atingindo número recorde de
desempregados. No trimestre encerrado em janeiro, eram 14,272 milhões, 211 mil
a mais em relação a outubro, situação considerada de estabilidade, mas com
acréscimo de 2,359 milhões em um ano. Crescimento de 19,8%. O total de
desalentados se aproximou de 6 milhões. Houve pequeno crescimento da ocupação
no trimestre, puxado pelo trabalho informal.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
Contínua, divulgada nesta quarta-feira (31) pelo IBGE. A taxa média de
desemprego (14,2%) ficou praticamente estável no trimestre, mas cresceu três
pontos em um ano e é a maior para o período em toda a série.
Quase 6 milhões de desalentados
Com total de 5,902 milhões, o número de desalentados também ficou
estável no trimestre. Mas cresceu 25,6% em relação a igual período de 2020:
mais 1,204 milhão. Eles representam 5,6% da força de trabalho, ante 4,2% um ano
atrás.
Os ocupados somam 86,025 milhões. Pequeno crescimento (2%) no trimestre,
com 1,725 milhão de pessoas a mais. E queda de 8,6% em um ano – 8,126 milhões a
menos. O nível de ocupação (percentual de ocupados em relação às pessoas em
idade de trabalhar) foi a 48,7%, ante 54,8% há um ano.
Excluídos e subutilizados
Já a população fora da força de trabalho, que soma 76,377 milhões, caiu
ligeiramente (1,1%) em um trimestre, com 817 mil a menos. E aumentou 16,2% em
um ano: 10,644 milhões a mais.
Segundo o IBGE, os subutilizados (pessoas que gostariam de trabalhar
mais) agora são 32,380 milhões. O instituto apurou estabilidade em três meses e
crescimento de 22,7% em 12, com mais 6 milhões nessa situação. A taxa de
subutilização é de 29%, ante 29,5% no trimestre anterior e 23,2% há um ano.
Com e sem carteira
Em relação a outubro, o número de empregados com carteira assinada no
setor privado (29,792 milhões) ficou estável. O de empregados sem carteira
(9,809 milhões) cresceu 3,6% e o de trabalhadores por conta própria (23,503
milhões) subiu 4,7%. Na comparação anual, o total de empregados com carteira
cai 11,6%, os sem carteira diminuem 16% e os autônomos, 4,4%. Já os
trabalhadores domésticos (4,919 milhões) cresceram 4,5% no trimestre, mas caem
21,4% em um ano. Ontem (30), o Ministério da Economia divulgou resultados do
emprego formal, mas os dados não são comparáveis.
Entre os setores, no trimestre dois crescem (agropecuária e áreas
ligadas a serviços). Em 12 meses, a maioria cai e alguns ficam estáveis. O
emprego nos serviços de alojamento e alimentação registra queda de 28,1% (menos
1,585 milhão) e a indústria, de 10,3% (perda de 1,251 milhão de vaga).
Menos R$ 16 bilhões na economia
A taxa de informalidade subiu para 39,7%: 34,1 milhões de informais.
Ficou um pouco acima do trimestre imediatamente anterior (38,8%) e abaixo do
registrado no início de 2020 (40,7%).
Estimado em R$ 2.521, o rendimento médio subiu 2,9% no trimestre e ficou
estável na comparação anual. A massa de rendimentos mostrou estabilidade em
três meses e caiu 6,9% em relação a janeiro do ano passado: menos R$ 15,7
bilhões.
0 comments:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor