(Foto: Reuters)
“Vamos dizer claramente: a necropolítica de
Bolsonaro é um crime contra a humanidade e contra o povo brasileiro”, disse
eurodeputado Miguel Urban Crespo, do Podemos
15 de abril de 2021
Rede Brasil Atual - O presidente Jair Bolsonaro foi acusado de cometer
crime contra a humanidade por conta da crise sanitária que vive o Brasil em
audiência convocada pelo Parlamento Europeu nesta quinta-feira (15). Deputados
afirmaram que a situação do país é resultado de decisões políticas por parte do
governo federal. As informações são do jornalista Jamil Chade, do UOL.
Na reunião, o eurodeputado Miguel Urban Crespo, do partido de esquerda
espanhol Podemos, afirmou que Jair Bolsonaro “declarou guerra aos pobres, à
ciência, à vida e à medicina”.
“Vamos dizer claramente: a necropolítica de Bolsonaro é um crime contra
a humanidade e contra o povo brasileiro”, disse. Para ele, é uma “autêntica
vergonha” a União Europeia continuar negociando um acordo comercial com o
Mercosul. “Hoje, o Brasil é o epicentro da pandemia. O país tem 3% da população
mundial, mas tem 12% das mortes e 10% dos contágios”, acrescentou.
Críticas na Europa
A eurodeputada alemã pelo Partido Verde e vice-presidente da delegação
do Parlamento Europeu para assuntos relacionados ao Brasil, Anna Cavazzini,
apontou que a situação no Brasil “é uma tragédia, que poderia ter sido evitada
se não fossem decisões políticas equivocadas”.
A deputada ainda questionou outros pontos como a falta de políticas
sanitárias para a população indígena e também sobre o dinheiro destinado pela
União Europeia ao Brasil. “A covid-19 virou uma crise social, com pessoas indo
para cama com fome”, criticou ela. “Se Bolsonaro nega a crise e coloca medidas
que impedem a ação contra a pandemia, para onde é que o dinheiro vai?”,
questionou Anna.
A diretora da ONG brasileira Conectas Direitos Humanos, Camila Asano,
também participou do debate e afirmou que Bolsonaro disseminou desinformação,
endossando a tese de que o presidente cometeu crime contra a humanidade.
“Sofremos perdas de vidas que poderiam ser evitadas. Mas não vivemos mais em
uma normalidade democrática”, disse.
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