(Foto: Filipe Araújo)
Serão ouvidos ex-ministros da Saúde, como
Eduardo Pazuello, o ministro Paulo Guedes, sobre as falhas no
auxílio-emergencial e o ex-secretário da Comunicação, Fábio Wajngarten, que não
realizou campanhas educativas contra a doença
19 de abril de 2021
O roteiro preliminar da CPI do Genocídio indica que a comissão pode
trazer sérios problemas para o governo de Jair Bolsonaro, que conduz a pior
gestão do mundo no enfrentamento à pandemia, com mais de 370 mil mortes
acumuladas. Reportagem da jornalista Julia Lindner, publicada no jornal O
Globo, aponta que o foco dos trabalhos será não apenas a incompetência como
também a própria sabotagem do governo a medidas que poderiam conter os danos da
pandemia.
"A minuta do plano de trabalho da CPI da Pandemia prevê depoimentos
de pelo menos 15 integrantes do governo Bolsonaro que ocuparam postos de
comando na pandemia de Covid-19. Na lista, o chamado grupo independente, que é
maioria na Comissão Parlamentar de Inquérito, incluiu o ministro da Economia,
Paulo Guedes, para dar explicações sobre o auxílio emergencial e verificar se o
valor gasto com o programa foi suficiente para atender a população vulnerável
durante a crise sanitária", informa a jornalista. "A lista também
contempla o ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten; o
secretário especial da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Flávio Rocha; o
secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal; e o ex-comandante do Exército,
Edson Pujol", prossegue.
"O texto divide a condução das apurações da comissão em quatro
subrelatorias: compra de vacinas e outras medidas de contenção do vírus;
colapso no sistema de saúde em Manaus; insumos para tratamento de enfermos; e
emprego de recursos federais, o que envolve a fiscalização de contratos
firmados pelo Ministério da Saúde e repasses a estados e municípios", diz
ela. No caso de Wajngarten, ele será questionado sobre o fato de não ter feito
campanhas de esclarecimento à população brasileira. Ao contrário, em vários
momentos, o governo brasileiro adotou postura negacionista.
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