(Foto: Felipe L.
Gonçalves/Brasil247 | ABr)
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal por
parcialidade, o ex-juiz atuou de forma ilegal também nos casos do sítio de
Atibaia e da sede do Instituto Lula, demonstram os advogados
3 de abril de 2021
Por Danilo Vital, no Conjur – A defesa do ex-presidente Lula protocolou,
na noite de quinta-feira (1/4), pedido de Habeas Corpus no Supremo Tribunal
Federal requerendo a extensão da decisão da 2ª Turma que decretou a suspeição
do ex-juiz Sergio Moro no caso do tríplex do Guarujá (SP) para as demais ações
movidas contra o petista na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba.
Com o acórdão da 2ª Turma, todos os atos praticados pelo ex-ministro da
Justiça enquanto juiz federal no caso do tríplex foram anulados, inclusive os
da fase pré-processual. Até então, decisão monocrática do ministro Luiz Edson
Fachin havia anulado as decisões da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba nos
casos de Lula, por reconhecer a incompetência do juízo, mas preservado as
quebras de sigilo, interceptações e material resultante de buscas e apreensões.
Segundo os advogados de Lula, a suspeição deve ser estendida também para
os processos referentes à sede do Instituto Lula, que não chegou a ser
sentenciado, e do sítio de Atibaia, em que o ex-presidente foi condenado.
Ambos foram conduzidos por Moro. A defesa aponta que a suspeição do
ex-juiz já reconhecida repercutiu de forma determinante nas duas ações, pois
tramitaram contemporaneamente. Além disso, as ações possuem identidade objetiva
e subjetiva de situação jurídica.
“Essas três ações penais foram conduzidas de forma parcial pelo ex-juiz
federal Sergio Moro na fase pré-processual — oportunidade em que foi
determinada a espetaculosa condução coercitiva do aqui paciente, e quando até
mesmo a defesa técnica foi monitorada — e essa parcialidade se manteve nos atos
processuais realizados de forma contemporânea”, destacam.
Lula ainda é alvo de uma quarta ação, que tramitava em Curitiba, mas por
cumprimento da decisão do ministro Fachin já foi enviada a Brasília e
distribuída à 10ª Vara Federal do Distrito Federal, quanto a doações feitas ao
Instituto Lula.
Defendem o petista os advogados Cristiano Zanin, Valeska Martins,
Eliakin Tatsuo e Maria de Lourdes Lopes.
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