(Foto: Isac Nóbrega/PR)
Com a instalação da CPI da Covid no Senado,
defensores de Bolsonaro na imprensa aparentam estar com medo de possíveis
consequências da disseminação de informações falsas sobre a pandemia nas redes
9 de maio de 2021
Depois de o jornalista da CNN Brasil Alexandre Garcia, que chegou a
insinuar ao vivo que pediria demissão da emissora, apagar vídeos negacionistas
de seu canal no YouTube, a jornalista Leda Nagle também seguiu os mesmos
passos, é o que revela reportagem do The Intercept Brasil publicada neste
domingo (9). A jornalista foi muito criticada em abril por espalhar fake news
conspiratória sobre um suposto plano do ex-presidente Lula para matar Jair
Bolsonaro.
Leda já ocultou 50 vídeos, a maioria de entrevistas realizadas com
médicos que difundem falsas informações sobre a pandemia de Covid-19.
Veículos da mídia também estão tomando providências. Uma rádio local de
Camaquã, interior do Rio Grande do Sul, apagou um vídeo em que Bolsonaro ligava
para a rádio para defender uma médica que havia sido demitida de um hospital da
cidade após orientar que pacientes com Covid-19 fizessem nebulização com
hidroxicloroquina. A prática resultou em três mortes. A Gazeta do Povo, jornal
de extrema direita do Paraná, teve recentemente um vídeo removido pelo YouTube
por difundir informações mentirosas sobre o coronavírus.
O cerco parece estar se fechando para os bolsonaristas disseminadores de
fake news. A CPI da Covid, que completou sua primeira semana com depoimentos
dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além do atual
chefe da pasta, Marcelo Queiroga, parece estar assustando os aliados de
Bolsonaro na imprensa.
Por falar em Queiroga, o ministro, antes de ir à CPI, também adotou a
mesma estratégia de apagar os rastros e ordenou que fossem varridos do site do
Ministério da Saúde todos os conteúdos relacionados à cloroquina.
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