(Foto:
Jefferson Rudy/Agência Senado | Júlio Nascimento/PR)
"Foi a secretária Mayra Pinheiro que me trouxe como
sugestão, que poderia usar uma plataforma já desenvolvida para isso", afirmou
o ex-ministro Eduardo Pazuello à CPI da Covid sobre o aplicativo que
recomendava o uso de medicamentos sem eficácia comprovada em pacientes com
Covid-19
19 de maio de
2021
O ex-ministro
da Saúde Eduardo Pazuello buscou se distanciar das indicações do uso da
cloroquina no tratamento de pacientes com Covid-19 durante seu depoimento à CPI
da Covid, realizado nesta quarta-feira (19). Segundo ele, o aplicativo TrateCov
– que recomendava o uso do medicamento e de outras drogas, como a ivermectina
até em bebês – foi sugerido pela secretária de Gestão do Trabalho e Educação do
Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, conhecida como “capitã cloroquina”.
A sugestão,
segundo ele, foi feita por ela após ela voltar de Manaus, em meio à crise da
falta de oxigênio hospitalar no Amazonas. “Foi a secretária Mayra Pinheiro que
me trouxe como sugestão, que poderia usar uma plataforma já desenvolvida para
isso, para facilitar o diagnóstico clínico feito pelo médico”, disse Pazuello.
O aplicativo é considerado um dos pontos críticos da gestão de Pazuello à
frente do ministério e uma das razões pelas quais ele é alvo de inquérito.
Ainda de
acordo com o ex-ministro, “a plataforma nunca entrou em operação. Foi apenas
apresentado o protótipo em desenvolvimento e foi copiado por alguém. E tem um
relatório policial sobre isso”. O aplicativo, contudo, chegou a ser anunciado
pela assessoria da pasta por meio de uma nota oficial divulgada no início de
janeiro.
Mayra deverá
ser indagada pelos membros da CPI sobre o assunto no depoimento que prestará ao
colegiado nesta quinta-feira (20).
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