Michelle Checter e Jocicleia (reprodução) (Foto: Michelle
Checter e Jocicleia - reprodução)
Os advogados da ginecologista Michelle Chechter tentam interromper o
inquérito, mas não conseguiram nem na primeira nem na segunda instância da
Justiça no Estado do Amazonas, conta Joaquim de Carvalho
26 de maio de 2021
Colunista do 247, foi
subeditor de Veja e repórter do Jornal Nacional, entre outros veículos. Ganhou
os prêmios Esso (equipe, 1992), Vladimir Herzog e Jornalismo Social (revista
Imprensa). E-mail: joaquim@brasil247.com.br
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A ginecologista Michelle Chechter, que fez experimento com cloroquina na
Maternidade Dona Lindu em Manaus, é investigada por homicídio no inquérito que
corre na 15ª Delegacia de Polícia Integrada, na capital amazonense.
Em 2 de março, uma paciente tratada pela médica, a técnica em radiologia
Jucicleia de Sousa Lira, morreu, 27 dias depois de dar à luz um bebê e
continuar internada em razão da covid-19.
Jucileia, que tinha 33 anos, foi submetida a um experimento com
cloroquina sem autorização de um comitê de ética em pesquisa, o que é ilegal.
Com a ajuda do marido, Gustavo Maximiliano Dutra, também médico,
Michelle aplicou cloroquina nebulizada em Jucicleia e gravou um vídeo em que a
induz a aprovar o medicamento, que é ineficaz contra a doença segundo estudos
científicos de credibilidade.
“Olha lá, pessoal, hidroxicloroquina nebulizada, igual ao do doutor
Vladimir Zelenko. Vocês vão acompanhando aqui comigo. Estou filmando para vocês
verem que é verdade. Está melhorando, Jucileia? Melhorou de zero a dez quanto?
Jucicleia responde e a médica continua:
“De zero a dez, melhorou oito a falta de ar.”
Em outro vídeo, ela pede que Jucicleia comente:
“Conta aí para a gente, Jucileia, o que você achou da nebulização?”
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