(Foto: Divulgação)
Relator da CPI da Covid, senador vê como
cortina de fumaça a declaração de Jair Bolsonaro desobrigando o uso da proteção
contra a Covid. Para o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, Bolsonaro é
"forte candidato a ser indiciado" pela comissão
10 de junho de 2021
Membros da CPI da Covid reagiram ao anúncio de Jair Bolsonaro nesta
quinta-feira (10), de que pediu ao ministro Marcelo Queiroga um parecer para
desobrigar o uso de máscaras de proteção contra a Covid-19.
O senador Renan Calheiros, relator da CPI, chamou Bolsonaro de "Jim
Jones" brasileiro e disse que o ataque ao uso de máscaras é uma tentativa
de desviar o foco das investigações da CPI sobre seu lobby em favor da
cloroquina.
"Logo que foi descoberta sua atividade de lobista de cloroquina, o
PR muda o assunto e declara guerra à máscara. Quer o Brasil exposto ao vírus.
Temos um Jim Jones na presidência. A diferença é que o louco americano induziu
ao suicídio, e o brasileiro quer também o assassinato em massa", disse
Renan pelo Twitter.
Jim Jones foi um pregador religioso e líder da seita Templo dos Povos,
famoso devido ao suicídio e assassinato de 918 dos seus membros em 1978.
Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI,
Bolsonaro é um "forte candidato a ser indiciado". "Isso só
aponta para a estratégia deliberada do presidente de contaminar todos e matar
muitos", afirmou o senador.
O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que a declaração do presidente
é uma "perversidade atroz". "Reforça ainda mais essa questão de
que ele quer que as pessoas sejam contaminadas para, com isso, acabar com a
pandemia. Essa é a ideia dele. Isso é de uma perversidade atroz. Quantas vidas
a gente já não perdeu? Quantas mais vamos perder? A vacinação está muito
lenta", disse Costa.
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