(Foto: Reprodução | Agência Pará)
Único empenho do governo durante a pandemia
foi para comprar remédios ineficazes contra a covid-19, que serviram apenas ao
charlatanismo presidencial
15 de junho de 2021
O governo de Jair Bolsonaro nunca teve interesse em adquirir vacinas e
se empenhou fortemente apenas para adquirir insumos para cloroquina, remédio
ineficaz contra a covid-19, que serviu apenas ao charlatanismo presidencial. É
o que aponta reportagem de Julia Affonso e Vinícius Valfré, no jornal Estado de
S. Paulo.
"Troca de e-mails entre a diplomacia brasileira e a chancelaria
indiana e representantes de farmacêuticas do país asiático mostra a agilidade
com que o governo de Jair Bolsonaro buscou adquirir hidroxicloroquina para o
tratamento da covid-19, medicamento sem eficácia comprovada contra a doença.
Algumas mensagens foram respondidas pelo governo brasileiro em 15 minutos, à
noite e até em fins de semana. O esforço pelo medicamento se contrapõe à
postura do Executivo em relação às vacinas. No caso da Pfizer, o governo
demorou pouco mais de dois meses para responder aos contatos da empresa",
informam os repórteres.
"A série de 54 e-mails expõe a postura proativa do governo
brasileiro para liberar cargas de matéria-prima da hidroxicloroquina a empresas
que fabricam o medicamento no País. As mensagens foram enviadas pelo
ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil na Índia, Elias Antônio de Luna e
Almeida Santos, segundo na hierarquia do posto diplomático", apontam. Os
documentos sigilosos, em poder da CPI da Covid, foram obtidos pela agência de
dados Fiquem Sabendo, especialista em Lei de Acesso à Informação.
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