Por Fernando Brito | 11/06/2021
Quem perde a capacidade de se indignar é por que antes perdeu a
dignidade.
O Brasil está cheio de gente que, infelizmente, parece estar nesta
situação.
“Vamos fazer um estudo”, “abrimos uma apuração rigorosa”, “tomamos as
providencias cabíveis”, “vamos criar uma comissão de especialistas”…
Quantas vezes o distinto leitor vê estas platitudes sendo ditas como se
fossem reações adequadas diante de monstruosidades, que ceifam a vida de
pessoas?
E, com a pandemia, não de “pessoas”, assim, vago. Não, de milhares de
pessoas a cada dia, de dezenas de milhares a cada Mês, de centenas de milhares
de peaaos em menos da metade de um ano?
Vejo, na televisão, comentaristas dizerem que a decisão de Bolsonaro de
forçar o Ministério da Saúde, o do “um tal Queiroga”, é “uma temeridade”, “um
perigo”.
Não, não é, é um assassinato em massa.
Será que farão um estudo para saber quantos dos obnubilados pelo
fanatismo estarão, amanhã, nas ruas, deixando de usar máscara, porque o
energúmeno que nos preside assim recomendou? E quantos, em função disso,
contrairão a doença e morrerão?
Ainda que seja um só, é um homicídio, porque assume-se o risco de
provocar a morte.
Cada um que permanecer tolerante aos boçais que empalmaram o poder terá
que pagar pelo que está fazendo.
Há uma conspiração da morte com finalidades políticas em curso em nosso
país e não mais se pode aceitar que se alegue que “eu sou técnico” para
isentar-se de responsabilidade, porque estamos diante da aniquilação em massa
de brasileiros e de brasileiras.
Estar no Governo é estar no projeto genocida de Bolsonaro, porque ele
não governa, faz apenas a sua politica de radicalismo e de extermínio. E se
foi, com isso, a legitimidade de sua eleição: não lhe deram um voto para
provocar o morticínio de meio milhão de brasileiros.
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