(crédito: Arquivo Pessoal/Reprodução)
A infectologista participou da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID no Senado e abalou a ala 'bolsonarista'
2 de Junho de 2021
Com o depoimento realizado nesta quarta-feira (2/6) na Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID no Senado, os olhos dos brasileiros
focaram na mineira Luana Araújo, médica infectologista, que seria a nova
secretária extraordinária de Enfrentamento à COVID-19 do Ministério da Saúde. A
médica chegou a exercer o posto por 10 dias, mas foi demitida por motivos
desconhecidos.
Crítica do tratamento precoce contra a COVID-19 e do uso de medicamentos
como a cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina, Luana Araújo se formou
médica especialista em doenças infecciosas pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), possui um mestrado em Saúde Pública pela universidade Johns
Hopkins Bloomberg, nos Estados Unidos, e é a primeira brasileira a receber a
prestigiosa Bolsa Sommer.
Antes de sua participação na comissão do Senado, a médica tinha cerca de
9 mil seguidores no Instagram. Às 22h, o número já tinha aumentado
drasticamente: 105 mil.
Na rede social, a médica compartilhou, durante a pandemia de COVID-19,
diversos posts sobre infectologia.
Nas postagens, Luana cita a ineficácia dos tratamentos indicados pelo
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pede a vacinação em massa.
A médica também já publicou texto defendendo o isolamento social, medida
que é alvo de uma série de contestações de Bolsonaro. “Tem sido difícil
conviver com as dores físicas e emocionais causadas pela doença, a perda de
pessoas queridas – são mais de 1 milhão e oitocentas mil mortes pelo mundo, as
medidas restritivas de controle de transmissão (as únicas eficazes nessa luta)
e os efeitos econômicos da sua adoção”, escreveu há cinco meses. Hoje, o total
de vítimas já supera 3,3 milhões.
Em outra postagem, a médica defende a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Ela posta um texto publicado pelo jornal The Washington Post que afirmou que a
mulher Bolsonaro fazia uma saudação militar no Palácio do Planalto. Na foto,
Michelle fazia um discurso em libras.
"Você pode ser a favor ou contra o que quiser, mas não pode mentir
deliberadamente para fazer valer a sua opinião", escreveu Luana.
Além da parte profissional, Luana também compartilha seu dia a dia e
compartilha seu talento: a música. A infectologista posta diversos vídeos
cantando e tocando instrumentos, mostrando que além de ser uma médica conceituada,
também possui uma bela voz.
A infectologista tem currículo considerado de “alta classe” e aprendeu a
ler e a escrever sozinha, aos 2 anos de idade. Entrou na primeira série do
ensino fundamental aos 5. E, como contou na CPI, se formou no ensino médio aos
15 anos.
Luana dividiu a carreira entre a saúde e a arte. Cantora e pianista de
formação clássica, ela foi estudar música na Áustria aos 15 anos, já com o
ensino médio concluído.
A infectologista é de BH e mora na região de Nova Lima. Luana é casada
com o fotógrafo do Cruzeiro Bruno Haddad.
A mineira posa com fotos do Cruzeiro, mas flamenguistas também
compartilharam, durante o depoimento, uma foto dela com a camisa do time
carioca.
Correio Brasiliense
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