Arthur
Lira (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
Em mais um movimento das elites, jornal diz que deputado não
pode sentar sobre os pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro, que já cometeu
dezenas de crimes e ameaça golpear de vez a democracia
4 de julho de
2021
Assim como o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso passou a falar em impeachment, um outro
instrumento das elites, o jornal Folha de S. Paulo, passou a cobrar o
presidente da Câmara, Arthur Lira, a decidir sobre os pedidos de impeachment
contra Jair Bolsonaro, que já cometeu dezenas de crimes de responsabilidade e
cuja presença na presidência da República representa um insulto para o Brasil e
os brasileiros.
"No curto
prazo, o que resta é instar Arthur Lira (PP-AL) a deixar de lado o cinismo e
dar satisfação à sociedade sobre gravíssimas acusações contra o presidente Jair
Bolsonaro dormentes em seu gabinete. Essa pilha com mais de uma centena de
petições não respondidas cresceu nesta quarta-feira (30) com a apresentação de
uma extensa peça condensando diversas acusações de crime de responsabilidade. A
iniciativa, que reuniu políticos de esquerda, centro e direita, lista uma
impressionante quantidade de ofensas, por parte de Bolsonaro, à Constituição e
à Lei 1.079, de 1950, que regula o impeachment", escreve o editorialista.
"A
negligência com o direito à saúde da população, a participação em atos
antidemocráticos, a incitação ao descumprimento de leis, as interferências
abusivas em instituições de Estado, as invectivas contra o Supremo Tribunal
Federal, o levantamento de suspeitas infundadas de fraude eleitoral e os
múltiplos atentados ao decoro exigido para o exercício do cargo configuram
razões jurídicas abundantes para iniciar o processo de responsabilização
presidencial", avança o editorialista.
"O
presidente da Câmara também reclamou mais materialidade nos pedidos de
impeachment —talvez espere uma confissão pública de culpa do chefe do
governo", ironiza ainda o jornal. "Que Lira coloque seus argumentos
em papel oficial, como é sua obrigação, e dê-se ao trabalho de refutar as
imputações contra Bolsonaro. A procrastinação interesseira não serve ao país,
só a quem mercadeja apoio a presidente fraco."
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