Deputado
federal Ricardo Barros (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Jornal da família Marinho atribui as suspeitas de corrupção na
Saúde ao líder do governo – e não ao governo em si
2 de julho de
2021
"A cada
dia, com mais denúncias de corrupção se empilhando à porta do Palácio do
Planalto e sem respostas convincentes, fica mais insustentável a permanência do
deputado Ricardo Barros (PP-PR) como líder do governo na Câmara. Barros está no
centro de um escândalo desde que os irmãos Luis Ricardo Miranda, chefe de
Importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, e Luis Claudio
Miranda, deputado federal (DEM-DF), denunciaram ao presidente Jair Bolsonaro,
em março, pressões para importação da vacina indiana Covaxin e disseram ter
ouvido dele que se tratava de mais um 'rolo' de Barros. Em nenhum momento a
informação foi desmentida", aponta o jornal O Globo, da família Marinho,
num estranho editorial publicado nesta sexta-feira. Estranho porque o jornal da
família Marinho atribui as suspeitas de corrupção na Saúde ao líder do governo
– e não ao governo em si.
"À medida
que as denúncias avançam, só aumenta a incerteza sobre as negociações — ou
negociatas — que se desenrolavam nos subterrâneos do Ministério da Saúde para
comprar vacinas, enquanto brasileiros morriam aos milhares. As denúncias
revelam que a influência de Barros persistiu no ministério mesmo depois que ele
saiu. O atual ministro, Marcelo Queiroga, tem obrigação de investigar todas.
Dizer que as tratativas não se consumaram não é desculpa. Todo contrato
suspeito precisa ser alvo de investigação. Mais que afastar os acusados, o
governo também precisa, para manter um mínimo de credibilidade, se afastar de
Barros e tirá-lo da liderança na Câmara", escreve ainda o editorialista.
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