Fernando Brito | 14 de Julho de 2021
Na entrevista dada ao repórter Nilson Klava, da Globo, o reverendo
Amílcar Gomes de Paula, homem de ligação entre a Davati e suas centenas de
milhões de vacinas fake, não consegue sequer arranjar alguma versão sobre o
fato de estar sendo apontado, pelas mensagens de texto e áudio encontradas no
celular do cabo PM Luiz Paulo Dominghetti que o indicam como o articulador
junto ao Ministério da Saúde e o próprio Jair Bolsonaro do golpe de estelionato
que era tramado por um grupo de picaretas de quinta categoria.
O vídeo pode ser assistido aqui e mostra uma reação desconexa, capaz de
fazer corar o Rolando Lero, na qual o cidadão sequer consegue conectar uma frase
e outra.
É espantoso que se juntem em uma quadrilha vacineira um cabo da PM, um
espertalhão que propõe negócios de bilhões de dólares enquanto recebe auxílio
emergencial e um reverendo que surgiu não se sabe de onde e, juntos, manipulem
uma oferta de 400 milhões de doses de vacina ao Governo brasileiro.
E que essa gente vá bater à portas do Palácio do Planalto, assim, no
más, como dizem os gaúchos.
Mais espantoso ainda é que não haja, sobre isso, uma ação da Polícia
Federal, nem que o Ministério Público já não esteja na Justiça, pedindo a
apreensão dos computadores e celulares desta turma, para saber com quer armavam
uma trampa cruel, porque envolvia o desespero dos brasileiros com milhares de
mortes todos os dias.
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