Por Fernando
Brito | 09 de Julho de 2021
Previa-se que
Jair Bolsonaro iria responder com grosserias e palavrões à interpelação da
cúpula da CPI da Covid sobre serem verdade ou não as acusações do deputado Luís
Miranda de que não apenas soube e não reagiu às denúncias de irregularidades na
compra das vacinas Covaxin como teria dito que aquilo seria “um rolo do Ricardo
Barros, deputado do PP que é líder de seu governo.
E, claro, ele
fez assim e disse “caguei para a CPI”.
É a linguagem
suja e a escatologia comum em suas falas, quando sai do bordão sexual dos
namoros, casamentos e afins com que costuma responder sobre suas relações
político-institucionais.
Mas, como o
presidente toma a iniciativa de usar uma linguagem nada protocolar, é possível
dizer que há um erro de conjugação do verbo.
Bolsonaro, na
verdade, está se borrando de medo que venha à tona um áudio que, embora não se
possa dizer que exista, poderia existir, por terem sido aquelas palavras que
pronunciou, e isso está mais que claro, depois de duas semanas sem que ele se
disponha a desmentir aqueles fatos.
Mas mesmo que
não apareça o áudio, ou que o medo de retaliação mantenha oculto o dossiê feito
pelo ex-diretor Roberto Dias, ou ainda que não se descubra como há uma imensa
plantação de pistas falsas e confusionismo para que não se descubra o lodaçal
de irregularidades, as pesquisas estão mostrando que a imagem de Jair Bolsonaro
está imunda.
Poderíamos não
ter chegado a esta imundície, se a gente limpinha e cheirosa não tivesse se
unido a este porco, se o Ministério Público não se tivesse transformado em um
apêndice do Governo, se o Legislativo não tivesse sido comprado à custa de
emendas milionárias e de um Orçamento paralelo e se as Forças Armadas não se
prestassem a se portar como de fossem os seus altos oficiais os rufiões destes
arroubos nojentos.
Só há um
caminho para este país limpar-se e as pesquisas indicam que a população
apercebeu-se dele.
Dos 51% que
rejeitam o presidente o acham péssimo e 11%, ruim. Dos parcos 24% que o
aprovam, 9% o acham bom. Ou seja, quatro em cada dez Brasileiros detestam
Bolsonaro; apenas um o adora.
É provável que
esta madrugada surjam os números que mostrem como a maioria já sabe que irá
seguir para salvar o Brasil que é nossa terra, não nossa lama.
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