Por Fernando Brito | 28 de Agosto de 2021
Que Jair Bolsonaro, presidente deste país, seja um imbecil, um
desqualificado, um boquirroto, privado da mais basilar capacidade de articular
ideias e falar de forma lógica, bem, isso é coisa que a gente já sabe.
Mas que alguém – seja militar, seja político, seja um grande empresário
ou financista – seja capaz de se acumpliciar a isso, no grau a que chegamos – é
algo pior que estupidez: é cumplicidade com a intenção de mergulhar o Brasil no
caos e na violência, num regime que nem nazista seria -pois por mais horrorosos
que fossem, os nazistas tinham um corpo, ainda que monstruoso, de ideias.
Estão usando Bolsonaro para ganhar poder e dinheiro e, portanto, agem
como bandidos que, beneficiando-se da confusão, saqueiam o que podem e
surrupiam o que não podem.
São piores, muito piores do que os idiotizados, os que veneram Bolsonaro
por tê-los tirado de suas vidas medíocres e silenciosas para dar-lhes a
felicidade de serem estúpidos em grupo.
O que é que o senhor aposentado ou a tiazinha do ZapZap vai fazer com o
fuzil 7.62 que o presidente recomendou-lhes comprar? Isto é, se tiver R$ 13 mil
para gastar nisso.
Vai atirar em quem? Nos soldados chineses que estão acantonados ali na
fronteira do Paraguai? No bebum, pobre coitado, que um dia aparece na rua
cantando, como Vicente Celestino, seu estado ébrio? No netinho, por acidente?
Bem, armado de fuzil, só o que pode fazer fora disso é ir se meter na
“muvuca” do Aeroporto de Cabul ou entrar para o Comando Vermelho, o PCC ou a
milícia de Rio das Pedras.
Não é mais hora de explicar que isso é um perigo em potencial, para as
pessoas e para seu direito à vida.
É hora de chamá-los pelo nome: criminosos.
Pois o que merece como adjetivo um presidente que, diante uma gravíssima
crise elétrica, que ameaça transtornar este país já em baderna econômica, pede
para você apagar uma lâmpada e comprar um fuzil?
Quem sabe também não arremata um chapéu de chifres, como daquele “búfalo
do Capitólio”?
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