29 de agosto
de 2021
O presidente
Jair Bolsonaro (sem partido) é uma verdadeira piada pronta. Ele entregou de
bandeja o grito de guerra principal para a oposição, no 7 de setembro, nas
manifestações pelo Fora Bolsonaro e impeachment: ‘um, dois, três, Bolsonaro no
xadrez!’ O mandatário disse na manhã deste sábado (28/08), em Goiânia, que tem
três alterativas para o futuro: estar preso, morto, ou obter “vitória”.
Bolsonaro
participava do 1° Encontro Fraternal de Líderes Evangélicos de Goiás. Sem
máscara, ele causou aglomeração ao cumprimentar apoiadores na porta da igreja.
“Eu tenho três
alternativas para o meu futuro: estar preso, estar morto ou a vitória. Pode ter
certeza que a primeira alternativa não existe. Estou fazendo a coisa certa e
não devo nada a ninguém. Sempre onde o povo esteve, eu estive”, declarou o
presidente, demonstrando que o inquilino do Palácio do Planalto encontra-se
acuado, isolado e desnorteado politicamente.
Bolsonaro
tenta provocar sua prisão ao açular manifestação contra o Congresso Nacional,
Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal Eleitoral, onde ele é
investigado em cinco inquéritos. Num dele, o presidente é réu por espalhar
notícias falsas a partir de uma organização criminosa –segundo o ministro
Alexandre de Moraes–, que visa enfraquecer as instituições democráticas
brasileiras. Noutro, Bolsonaro é investigado por campanha contra o sistema de
votação eletrônica e deslegitimação das eleições.
O presidente
Jair Bolsonaro tem indicado que não reconhecerá a derrota nas eleições de 2022.
Aos evangélicos, em Goiânia, ele disse hoje novamente que não entregará a faixa
para o vencedor: “Deus me colocou aqui, e somente Deus me tira daqui”.
Segundo todas
as pesquisas sérias do país, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
tende a vencer no primeiro a disputa pelo Palácio do Planalto. A tentativa da
velha mídia corporativa em construir a “terceira via” restou infrutífera, pois,
mesmos somados, seus candidatos não atingem 50% dos votos válidos.
Os motivos de
Bolsonaro não ir para o segundo turno? Isolamento político, crise econômica,
inflação, desemprego, carestia, ampliação da pobreza, apagão, crise hídrica,
retirada de direitos, genocídio, privatizações, precarização da mão de obra,
salário mínimo baixo, falta de auxílio emergencial na pandemia, governo mal
avaliado em todas as áreas, gasolina e gás de cozinha com preços pornográficos,
fome, etc.
Pensando bem,
para a prisão seria uma “saída honrosa” para Bolsonaro. Ele cairia com o
discurso de vítima. Mas a situação dele é a seguinte: não tem votos para ganhar
a eleição, nem força para dar um autogolpe.
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