10 de Agosto
de 2021
Omar Aziz|
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado/CP
O senador Omar
Aziz, presidente da CPI da Covid, abriu a sessão desta terça, 10, criticando o
desfile de tanques do Exército pela Esplanada dos Ministério para intimidar o
STF e o Congresso no dia em que os deputados vão votar a PEC do voto impresso.
“Há pessoas
morrendo, fome em vários cantos do país, desemprego em alta, economia
cambaleando, enquanto se discute uma pauta superficial e golpista; que torna o
Brasil um país pequeno, sem rostos e não somos isso”, disse Aziz, emocionado.
Tanque de
desfile militar de Bolsonaro é lata velha fabricada em 1971
Chamando a
ação de lamentável, Aziz mandou recado aos militares e essa clara tentativa de
intimidação:
“Não aceitamos
o ataque a democracia”, disse.
“Lá atrás,
quando atitudes de colocar tanque de guerra para tentar impedir voto direto não
houve punição e agora se repete. Democracia respeita as diversidades. A minoria
também é respeitada por suas opiniões, atos e gestos dentro da forma da lei”.
Se dirigindo a
Bolsonaro, o presidente da CPI disse que o mandatário “está evidenciando toda a
fraqueza de um presidente acuado pelas investigações de corrupção. Cria uma
encenação, uma coreografia para mostrar que tem o apoio das Forças Armadas”.
“A pauta
golpista nos torna um país pequeno, sem rosto”, prosseguiu Aziz. “Em 1984
estava eu em Brasília quando o general Nilton Cruz colocou seus tanques contra
o voto direto. E como não houve punição, estamos vendo de novo”.
Os demais
senadores de oposição discursaram contra a iniciativa de Bolsonaro, qualificada
de bravata.
“Patético”,
disse Randolfe Rodrigues.
Por fim,
informou que a CPI vai seguir seu caminho, sem se intimidar.
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