Bolsonaro
e capa do Extra (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | Reprodução)
Uma foto da capa do jornal Extra é o símbolo do Brasil de
Bolsonaro e viralizou nas redes sociais: pessoas em desespero no Rio disputando
ossos e pelanca no caminhão da "xepa da carne"
29 de setembro
de 2021
Pessoas em
desespero, disputando ossos e pelancas dispensados por um açougue, num
caminhão.A edição desta quarta-feira (29) do jornal Extra causou perplexidade e
logo viralizou nas redes, como um símbolo da miséria criada pelo governo Jair
Bolsonaro. Pelo menos 2 milhões de famílias brasileiras caíram na extrema
pobreza entre janeiro de 2019, quando Jair Bolsonaro tomou posse, e junho deste
ano.
A reportagem
destaca que “uma fila de desesperados se formou no bairro da Glória”, região
central da capital carioca, em busca da carcaça dos animais.
No jornal O
Globo, do mesmo grupo do Extra, o depoimento de Vanessa Avelino de Souza, de 48
anos, desempregada, é pungente. "Uma vez por semana, a desempregada que mora nas ruas do Rio, caminha até o ponto
de distribuição. Com paciência, separa pelanca por pelanca, osso por osso em
busca de algo melhor para pôr na sacola. 'A gente limpa e separa o resto de carne.
Com o osso, fazemos sopa, colocamos no arroz, no feijão... Depois de fritar,
guardamos a gordura e usamos para fazer a comida', explica Vanessa, que lamenta
não conviver com os cinco filhos. 'Não tenho como cuidar deles. Por isso, eles
são criados pela minha mãe. Não temos quase nada. O que temos é de doações. Lá,
pelo menos, eles têm um pouco de dignidade'".
Reportagem do
UOL publicada neste domingo (26) aponta que em dezembro de 2018, durante o
governo Michel Temer (MDB), havia 12,7 milhões de pessoas na pobreza extrema.
Dois anos e meio depois e com Jair Bolsonaro na Presidência, esse número chegou
a 14,7 milhões em junho de 2021. Uma reversão no cenário dos governos do PT,
quando, durante 11 anos, houve redução continuada da pobreza. Segundo o Banco
Mundial, a parcela da população em situação de extrema pobreza no país era de
13,6% em 2001, caindo para 4,9% em 2013.
Brasil 247
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