25 de setembro de 2021
“Se puder apagar uma luz na tua casa apaga, eu peço por favor. Não use
elevador. Tomar banho é bom, mas se puder tomar banho frio é muito mais
saudável, ajuda o Brasil. A gente pede a Deus que agora em novembro, final de
outubro, venha chuva para valer no Brasil. Para que a gente não tenha problema
no futuro, que podemos ter problema no futuro”, implorou Bolsonaro nesta quinta
(23/09) durante a live semanal.
Não é verdade que somente a crise hídrica, a fala de chuva, que ameaça
os brasileiros de apagão. A culpa é do governo que desinvestiu e privatizou
companhias de energia. O mesmo fenômeno vivem governos estaduais e municipais
que privatizaram companhias de água e esgoto, a exemplo da Sanepar, no Paraná,
que deixou de investir na captação, tratamento e distribuição de água para
maximizar lucros de sócios privados e fundos de especulação.
As tarifas de água e luz, embora esses insumos estejam em racionamento,
continuam subindo para garantir o lucro dos parasitas –que o governo
carinhosamente os chama de acionistas.
Ademais, nas cidades da região do Sul, onde as temperaturas são baixas,
é impossível dar ouvidos atender ao pedido presidencial de tomar banho frio.
“Até faço um pedido para você agora. Se tem uma luz acesa a mais na tua
casa, por favor apague. Nós estamos vivendo a maior crise hidrológica dos
últimos 90 anos. Se você puder apagar uma luz na tua casa, se puder desligar o
teu ar condicionado. Se não puder —está com 20 graus?— passa para 24 graus,
gasta menos energia”, insistiu na mentira Bolsonaro na transmissão de ontem.
Além do apagão de energia, que traz de volta a luz de vela, e falta de
água nas torneiras, que resgata o velho poço no quintal, os brasileiros
desempregados e sem renda estão recolhendo gravetos para cozinhar o pouco que
tem; ao invés do gás de cozinha, entra em cena o fogão a lenha, os acidentes
com queimaduras; ao invés do elevador, a volta das escadas [imagine um prédio
de 66 andares, como o Infinity Coast, de Balneário Camboriú, em Santa
Catarina].
A carestia é outro momento triste proporcionado pelo governo Bolsonaro:
as pessoas passam fome, não tem dinheiro para a cesta básica, e são obrigado a
disputar ossos e carcaças nos açougues e frigoríficos.
O que Jair Bolsonaro tem a oferecer ao futuro do Brasil, além desses
retrocessos e atrasos conhecidos? Nada.
Bolsonaro deu marcha à ré de 100 anos na história do Brasil.
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