(Foto: Reprodução/Rede Social)
De acordo com o MP, o vereador do Rio comprou imóvel em 2003 na Tijuca
(RJ) por R$150 mil, quando recebia apenas R$ 4,5 mil de salário. O órgão citou
outras duas situações que revelaram a diferença significativa entre valores
recebidos e gastos pelo filho de Jair Bolsonaro
2 de setembro de 2021
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) comprou um apartamento de
R$ 150 mil, em dinheiro vivo, na Tijuca, em 2003, quando recebia um salário
mensal de apenas R$ 4,5 mil. O parlamentar já é alvo de investigação pelo
Ministério Público do Rio pelo esquema da "rachadinha", esquema de
desvios de salários de funcionários e no emprego de trabalhadores fantasmas na
Câmara de Vereadores do Rio.
O salário de um vereador do Rio era ao redor de R$ 4,5 mil por mês entre
2001 e janeiro de 2003, sem o acréscimo de benefícios. Em fevereiro de 2003, a
remuneração aumentou para R$ 7.155. Os valores foram publicados em reportagem
do jornal O Globo.
O MP investiga a diferença significativa entre valores recebidos e
gastos por Carlos na época. De acordo com o órgão, ele utilizou grandes
quantias de dinheiro em espécie ao longo dos seis mandatos consecutivos como
vereador.
Em documentos, o MP citou pelo menos três situações que se enquadram na
prática citada: em 2003, a compra do apartamento na Tijuca, na Zona Norte do
Rio. Em 2009, a entrega de R$ 15,5 mil, em espécie, para cobrir um prejuízo que
teve na bolsa de valores. E, no último ano, Carlos declarou ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) ter R$ 20 mil em espécie guardados em casa.
A investigação faz parte do inquérito que apura a contratação de
supostos funcionários fantasmas e da prática de "rachadinha" no
gabinete do vereador. O caso tramita na 3ª Promotoria de Justiça de
Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro. As apurações ocorrem
em sigilo.
Quebra de sigilo
O Judiciário do Rio de Janeiro determinou a quebra dos sigilos bancário
e fiscal do filho do presidente. Outras 26 pessoas e sete empresas também
tiveram os sigilos quebrados.
De acordo com as investigações, desde 2001, ele empregou no gabinete
dele 17 pessoas, que tinham laços familiares com outro funcionário.
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