Luís
Roberto Barroso (Foto: Reuters/Leonardo Benassatto)
Ministro do STF rebateu manifestação golpista de Jair Bolsonaro,
que disse no 7 de setembro que não será preso por canalhas
9 de setembro
de 2021
O ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), Luís Roberto Barroso, mandou um recado a Jair Bolsonaro, ao alertar que
o Judiciário não compactuará com mentiras sobre as instituições. De acordo com
o magistrado, uma das estratégias "do autoritarismo é criar ambiente de
mentiras".
"Quando
esse debate é contaminado por discursos de ódio, campanhas de desinformação e
teorias conspiratórias infundadas, a democracia é aviltada. O slogan para o
momento brasileiro, ao contrário do propalado, parece ser: 'conhecerás a
mentira e a mentira te aprisionará'", disse ele em sessão virtual do TSE.
O magistrado
criticou o que chamou de "retórica vazia, política de palanque". De
acordo com o ministro, "insulto não é argumento, ofensa não é coragem,
incivilidade é uma derrota do espírito". "A falta de compostura nos
envergonha perante o mundo", continuou. "Não podemos permitir a
destruição das instituições para encobrir o fracasso econômico, social e moral
que estamos vivendo".
Segundo
Barroso, "uma das manifestações do autoritarismo é a tentativa de
desacreditar o processo eleitoral e as instituições eleitorais para, em caso de
derrota, pode alegar fraude e deslegitimar o vencedor". "Começa a
ficar cansativo no Brasil ter que repetidamente desmentir falsidades para que
não sejamos dominados pela pós-verdade. É muito triste o ponto a que
chegamos".
O presidente
do TSE também destacou que "o extremismo tem se valido de campanhas de
ódio, de desinformação, que visam enfraquecer os fundamentos da
democracia". "Quando o fracasso bate à porta, porque é o destino do
populismo, é preciso encontrar culpados. O populismo vive de arrumar inimigo
para justificar o seu fiasco", acrescentou.
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