11 de setembro de 2021
Em 11 de setembro de 2001 eu coordenava a comunicação do Fórum Contra a
Venda da Copel –a Companhia Paranaense de Energia, que era objeto de desejo de
especuladores estrangeiros e vontade do então governo Jair Lerner de
privatizar. O criminoso ataque às Torres Gêmeas no World Trade Center
inviabilizou a martelada que entregaria –sabe-se lá para quem– a estratégica
energética construída em 1954 no governo Bento Munhoz da Rocha Netto.
Além desse horrendo ataque em Nova York, havia 429 entidades da
sociedade civil mobilizadas no estado e que saíram às ruas de todos os
municípios paranaenses contra a privatização. Também existia uma combativa
oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) e uma rara unidade entre os
três senadores da época (Alvaro Dias, Roberto Requião e Osmar Dias).
A população era contrária à venda da Copel pelo simples fato que o
Brasil vivia o risco de apagão, na era FHC, e se assustou com o colapso
energético da Califórnia, nos Estados Unidos, deixando o estado americano mais
rico às escuras. Qualquer semelhança com o momento atual, de Jair Bolsonaro,
não é mera coincidência: eles desinvestiram, sucatearam estatais brasileiras
para vender esses ativos a preço de banana ou mesmo doar empresas públicas.
Contextualizado isso, os 20 anos dos ataques de 11 de setembro serão
lembrados hoje com cerimônias em Lower Manhattan, no Pentágono e em
Shanksville, Pensilvânia.
Há duas décadas atrás, o presidente era George W. Bush. Ele se preparava
para ler um livro para crianças do ensino fundamental em Sarasota, Flórida,
quando foi informado de que um segundo avião havia colidido com o World Trade
Center e que a América estava sob ataque terrorista.
O voo 175 da United Airlines atingiu a Torre Sul do World Trade Center.
Todos a bordo, junto com um número desconhecido de pessoas na torre, foram
mortos.
As autoridades ordenaram a evacuação de ambas as torres. Um minuto
depois, o pedido foi expandido para incluir todos os civis no complexo do World
Trade Center.
Ao todo, 2.977 pessoas foram mortas nos ataques, além dos 19
sequestradores dos aviões.
Ato contínuo, o saudita Osama bin Laden, líder do grupo islamista
Al-Qaeda, foi apontado como responsável pelos ataques terroristas. Ele se
refugiara no Afeganistão, sob a proteção do então regime do Taleban, que, vinte
anos depois, voltou ao poder com a retirada às pressas de tropas americanos no
último dia 31 de agosto.
Em 2 de maio de 2011, os Estados Unidos anunciavam a morte do terrorista
Osama Bin Laden no Paquistão. O presidente americano era Barack Obama.
Os EUA e forças aliadas invadiram o Afeganistão, no dia 7 de outubro de
2001, a pretexto de combater o Taleban.
Quanto à Copel, 20 anos depois, o atual governador do Paraná, Ratinho
junior (PSD), conseguiu iniciar a privatização da companhia. Começou pela
subsidiária Telecom, que fornece serviços de internet por fibra óptica. O
desmonte da estratégica energética continua, apesar do iminente apagão que
ronda o País.
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