Jair Renan
Bolsonaro e Ana Cristina Siqueira Valle, e a mansão onde os dois foram morar,
em Brasília (Foto: Reprodução)
Segundo Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, que trabalhou para a
família Bolsonaro, Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, não alugou
uma mansão em Brasília, mas comprou, por meio de dois laranjas, com documento
informal não registrado em cartório. Segundo ele, Ana usou laranjas para
construir o patrimônio dela, estimado em R$ 5 milhões em 2020
3 de setembro
de 2021
Jair Renan
Bolsonaro e Ana Cristina Siqueira Valle, e a mansão onde os dois foram morar,
em Brasília
Marcelo Luiz
Nogueira dos Santos, que trabalhou durante 14 anos para a família Bolsonaro,
acusou Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, de ter formado todo o
patrimônio dela usando uma série de laranjas, inclusive na compra da mansão em
que ela mora atualmente em Brasília, no Lago Sul, com o filho, Jair Renan. Os
dois mudaram para a mansão em junho passado e divulgaram informação de que a
casa teria sido alugada por Ana Cristina Valle por R$ 8 mil mesmo ela recebendo
salário de R$ 8.100,00.
O patrimônio
da mãe de Jair Renan estava estimado em R$ 5 milhões no ano de 2020. De acordo
com Marcelo dos Santos, ela não alugou o imóvel, como ela conta, mas o comprou,
por meio de dois laranjas, com quem firmou um contrato de gaveta, ou seja, um
documento informal não registrado em cartório. O objetivo era fazê-los repassar
o imóvel para seu nome após o encerramento do financiamento.
O ex-empregado
da família Bolsonaro disse que, inicialmente, a casa estava sendo negociada por
um valor entre R$ 2,9 milhões e R$ 3,2 milhões. De acordo com a coluna de
Guilherme Amado, publicada no site Metrópoles, Santos afirmou desconhecer o
valor final da transação, mas enfatiza que tanto ele quanto Jair Renan ouviram
a advogada falando sobre a negociação.
A mansão tem
1.200 metros quadrados (m²) de área total e 395 m² de área construída, uma
piscina de 50 m², aquecimento solar e quatro suítes.
Além do
financiamento em nome dos falsos proprietários, a ex-mulher de Bolsonaro teria usado o dinheiro
da venda de um imóvel e de reservas que ela guarda desde a época em que
comandava o desvio de dinheiro dos gabinetes de Flávio e Carlos Bolsonaro.
O empregado
também havia denunciado um esquema de rachadinha envolvendo o clã presidencial.
Segundo Santos, Ana Cristina não se envolvia no eventual recolhimento de
valores dos funcionários do gabinete de Jair Bolsonaro como deputado federal.
Ele denunciou que ela articulava o esquema na Assembleia Legislativa do Rio
(Alerj), onde o atual senador Flávio Bolsonaro cumpria mandato de deputado
estadual, e na Câmara Municipal do Rio, onde Carlos cumpria e continua
cumprindo mandato de vereador.
Santos, que
foi lotado no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj entre 2003 e 2007, afirmou
ter devolvido 80% de tudo que recebeu no período. O valor repassado gira em
torno de R$ 340 mil.
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