(Foto: Reprodução | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência
Brasil)
"Ex-mulher de Bolsonaro ficava com 80%
do meu salário", diz homem que trabalhou para família. Ana Cristina Valle,
ex-mulher de Jair Bolsonaro, recolhia as rachadinhas nos gabinetes de Flávio e
Carlos Bolsonaro
3 de setembro de 2021
Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, que trabalhou por 14 anos para a
família Bolsonaro, alegou ter testemunhado durante o período crimes que teriam
sido cometidos pelos parlamentares Flávio e Carlos Bolsonaro, assim como pela
advogada Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair, informa reportagem do
Metrópoles.
Marcelo dos Santos, que foi lotado no gabinete de Flávio Bolsonaro na
Alerj entre 2003 e 2007, alega ter devolvido 80% de tudo que recebeu no
período. O valor repassado gira em torno de R$ 340 mil.
As revelações foram feitas após Marcelo dos Santos se demitir por não
receber o salário pedido. Ele trabalhou na campanha de 2002 de Flávio para
deputado estadual e depois trabalhou em seu gabinete.
Em seguida, virou uma espécie de babá de Jair Renan, filho de Ana
Cristina com Jair Bolsonaro. “Entre 2014 e 2021, trabalhou como empregado
doméstico de Ana Cristina em suas casas, primeiro em Resende (RJ), e nos
últimos meses em Brasília”, informa o Metrópoles.
Marcelo alega que Ana Cristina foi quem precedeu Fabrício Queiroz. Ela
era a encarregada de recolher as rachadinhas não só no gabinete de Flávio, mas
também no de Carlos, eleito vereador da Câmara do Rio em 2000.
“Segundo ele, Ana Cristina não se envolvia no eventual recolhimento de
valores dos funcionários do gabinete de Jair Bolsonaro como deputado federal,
restringindo-se a articular o esquema na Assembleia e na Câmara do Rio. Todo
mês, segundo ele, sacava 80% de seu salário e entregava o dinheiro em espécie
nas mãos da advogada. Todos os assessores de Flávio, de acordo com o
ex-empregado, faziam o mesmo, bem como os de Carlos”, diz o funcionário.
“Somente depois da separação de Jair e Ana Cristina, em 2007, Flávio e
Carlos teriam assumido a responsabilidade do recolhimento dos valores dos
funcionários de seus gabinetes”, diz a reportagem.
Em 2020, o patrimônio de Ana Cristina era estimado em R$ 5 milhões. O
ex-funcionário alega que o montante foi possível através do uso de uma série de
laranjas, inclusive na compra da mansão em que mora atualmente em Brasília, no
Lago Sul, com o filho Jair Renan.
“Segundo Marcelo, Ana Cristina não alugou o imóvel, como ela conta, mas
o comprou, por meio de dois laranjas, com quem firmou um contrato de gaveta, ou
seja, um documento informal não registrado em cartório, para que eles repassem
o imóvel para seu nome após o encerramento do financiamento”, destaca a
reportagem.
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