Jair Bolsonaro discursa na abertura do Debate Geral da
76a Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (Foto: Alan Santos/PR)
"Disse que ficou livre da Covid-19 com
tratamento precoce. Loroteou ao tentar vender o Brasil como um país que
preserva o meio ambiente, logo ele que manteve até onde pôde um criminoso
ambiental nessa pasta. Um show de horrores", escreve o jornalista
Gilvandro Filho, sobre o discurso de Jair Bolsonaro
21 de setembro de 2021
Jornalista e compositor/letrista, tendo passado por veículos como Jornal
do Commercio, O Globo e Jornal do Brasil, pela revista Veja e pela TV Globo,
onde foi comentarista político. Ganhou três Prêmios Esso. Possui dois livros
publicados: Bodas de Frevo e “Onde Está meu filho?”
...
Ariano Suassuna dizia ter uma admiração e um respeito desgraçados pelos
mentirosos. Mas, por aquele mentiroso raiz, engraçado, inteligente, que conta
uma lorota e todo mundo vai pra casa comentando como uma mentira tão deslavada
assume ares de verdade verdadeira. Assim, ele criou Chicó, o esplêndido cara de
pau de O Auto da Compadecida que sempre terminava uma mentira com o bordão “não
sei, só sei que foi assim!”. Dizem que Chicó existiu e se chamava Manoel
Dantas, amigo de Ariano. Outros juram que criador e criatura eram um só. “Ele é
mais lírico, eu sou mais mentiroso", contestava Ariano, com seu humor
fino.
Chico Anysio tinha pelo mentiroso contumaz a mesma reverência. E para o
rei dos mentirosos, se é que existe um, escreveu um dos seus mais brilhantes
papéis, o cascateiro convicto e indesmentível Pantaleão. Sempre ladeado de seu
fiel Pedro Bó e da esposa Terta, sua infalível testemunha. “É mentira, Terta?”,
sacava sempre que a prosa descambava para a mentira deslavada e a plateia
começava a duvidar dela.
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