(Foto: ABr | Reprodução)
Jornalista fez campanha pelo golpe contra a
ex-presidente Dilma Rousseff, que banalizou o impeachment no Brasil
19 de setembro de 2021
A colunista Miriam Leitão, que fez campanha pelo golpe de estado contra
a ex-presidente Dilma Rousseff, com a farsa das pedaladas fiscais, hoje pede,
em sua coluna em O Globo, o impeachment de Jair Bolsonaro, que já cometeu dezenas de
crimes de responsabilidade, e diz, com razão, que o crime não pode ser
banalizado no Brasil. "Discordo radicalmente da afirmação de que iniciar
um processo para o afastamento do Presidente Bolsonaro seria banalização do
impeachment. O verdadeiro risco que o país corre é o de banalizar o crime. A
começar pelo crime de responsabilidade. O presidente os comete em série. Se o
impeachment não for o propósito neste momento estarão sendo revogados o artigo
85 da Constituição, a Lei 1079, artigos do código penal e todo o arcabouço
institucional e civilizatório em torno do qual o Brasil refez o seu pacto
social após a ditadura militar", escreve Miriam.
"Há muitos grupos políticos fazendo cálculos do que poderá ganhar
ou perder num eventual afastamento do presidente. Não conseguem ver que há algo
mais valioso em perigo. Se um presidente como Bolsonaro sair impune, mesmo
diante de tudo o que ele fez, faz e continuará fazendo, o país estará correndo
o risco de se fixar esse patamar de degradação da função da Presidência da
República", finaliza.
Ao propor o impeachment de Bolsonaro hoje, a colunista tem razão, mas o
problema é que ela não faz nenhuma crítica ao golpe de estado contra Dilma,
processo do qual participou, que desmoralizou o impeachment no Brasil e abriu
espaço para a ascensão do fascismo criminoso no Brasil.
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