Imagem:
Flick Bolsonaro/Reprodução
16 de
setembro de 2021
Recentemente,
o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou inelegível a candidatura de uma
ex-vereadora de São Paulo. Ela foi condenada por prática de rachadinha. O caso
cria jurisprudência para futuras decisões da Justiça Eleitoral.
Flávio e
Carlos Bolsonaro são investigados por rachadinha e a decisão podem torná-los
inelegíveis, se condenados. Relator do caso, Alexandre de Moraes lembrou que “o
esquema de rachadinha é uma clara e ostensiva modalidade de corrupção”.
Segundo o UOL,
a decisão deve impactar somente na seara eleitoral do delito, mas não no âmbito
penal. Nessa esfera, a prática é tipificada como peculato, desvio de bem
público.
A decisão
contra a ex-vereadora ocorreu em artigo da Lei Complementar 64/1990, que trata
da inelegibilidade de oito anos para crimes de improbidade administrativa.
Segundo o texto, um legislador só pode ter seus direitos políticos cassados por
enriquecimento ilícito e lesão ao patrimônio público.
Jair Bolsonaro
também foi apontado como parte do esquema da rachadinha
Andrea
Siqueira Valle, ex-cunhada de Jair Bolsonaro, afirmou em gravação que ele
demitiu seu irmão, André Siqueira Valle, após recusa em entregar a maior parte
de seu salário como assessor.
À época
deputado federal, Jair exigia grande parte dos salários dos parentes da
ex-esposa, Ana Cristina Siqueira Valle, que trabalhavam em seu gabinete. Ele é
apontado como envolvido direto no esquema da rachadinha.
Segundo
Andrea, o irmão foi retirado do cargo por não entregar o valor combinado, cerca
de 90% do salário.
A ex-cunhada
foi a primeira de 18 parentes de Ana Cristina nomeada nos gabinetes da família
Bolsonaro.
“O André deu
muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser
devolvido, entendeu? Tinha que devolver R$ 6.000, ele devolvia R$ 2.000, R$
3.000. Foi um tempão assim até que o Jair pegou e falou: ‘Chega. Pode tirar ele
porque ele nunca me devolve o dinheiro certo’. Não sei o que deu pra ele”,
relata.
André Valle
foi assessor do deputado Jair entre 2006 e 2007.
Andrea relata
que sabe de “muita coisa” que pode “ferrar a vida” de Jair, Flávio e Ana
Cristina, sua irmã.
A ex-cunhada
do presidente ainda disse, sem citar nomes, que mandam ela ficar “quietinha”.
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