(Foto: Protestos contra Bolsonaro em Nova York)
Os protestos de rua estão sendo organizados
com grupos de base de ação climática, antifascistas e de brasileiros em Nova
York
21 de setembro de 2021
Nova York, 21 de setembro de 2021 - Na véspera do discurso de Jair
Bolsonaro na 76ª Assembleia Geral das Nações Unidas (UNGA), ativistas projetam
imagens ao lado da ponte do Brooklyn alertando sobre os perigos da chegada do
presidente não-vacinado. As imagens destacam a agenda anti-ambiental de
Bolsonaro, que levou à destruição generalizada da floresta amazônica, aos
ataques sistemáticos aos direitos dos povos indígenas no país, ao manejo
inadequado da pandemia e ao enfraquecimento das instituições democráticas no
Brasil. Ativistas e aliados brasileiros estão convocando os líderes mundiais e
a comunidade global para responsabilizar Bolsonaro pelas múltiplas crises que
seu governo causou no país e globalmente.
A participação de Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU tem sido cercada
de polêmica desde que o presidente declarou sua condição de não vacinado, o que
viola o mandato interno de vacinação de Nova York. Seu desrespeito coloca em
risco todos com quem ele entra em contato; de funcionários de hotéis e
restaurantes a delegados e funcionários da ONU. Conforme noticiado na imprensa,
a equipe de Bolsonaro passou a semana tentando contornar a ordem do prefeito da
cidade, Bill De Blasio, tentando fazer acordos para que ele não tivesse que ser
vacinado para comparecer.
O Comitê Defend Democracy in Brazil (DDB-NY) está organizando uma série
de atos e fez parceria com The Illuminator e Greenpeace USA para projetar as
imagens às vésperas da Assembléia. Os protestos de rua estão sendo organizados
com grupos de base de ação climática, anti-fascistas e de brasileiros em Nova
York.
“As ações do Bolsonaro no Brasil
são um ataque direto aos direitos humanos, ao meio ambiente e à saúde global.
Ao se gabar de sua condição de não vacinado na cidade de Nova York, Bolsonaro
mostra seu total desprezo pela vida humana e pelas famílias das vítimas do
COVID-19 no Brasil e nos Estados Unidos. As ações de Bolsonaro não devem ficar
impunes. Ele mentiu em seus discurso na ONU no passado e o fará novamente. Ele
precisa ser envergonhado, se não for coibido pela própria ONU”, disse Natália
de Campos, do DDB-NY.
O Comitê Defend Democracy in Brazil formou uma coalizão com outros
grupos e juntos se manifestaram contra Bolsonaro já em maio de 2019, repudiando
suas visões racistas, homofóbicas e anti indígenas. [1] Vários grupos desta
coalizão agora organizam uma manifestação em 21 de setembro na 2ª avenida com a
rua 45, enquanto Bolsonaro falará na Assembléia Geral da ONU.
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