CPI da Pandemia e Jair Bolsonaro (Foto: Leopoldo Silva/Agência
Senado | Marcos Corrêa/PR)
De acordo com o vice-presidente da CPI da
Covid, senador Randolfe Rodrigues, o colegiado irá encaminhar ao STF a fake
news de Bolsonaro relacionando a vacinação contra Covid a casos de Aids
25 de outubro de 2021
Os senadores da CPI da Covid irão incluir no relatório final do
colegiado, que será votado nesta terça-feira (26), a sugestão para que as redes
sociais suspendam ou promovam o banimento definitivo de Jair Bolsonaro das
plataformas.
A decisão dos parlamentares vem na esteira da repercussão da fake news
divulgada pelo chefe do governo federal durante uma transmissão ao vivo pela
internet. Na ocasião, ele afirmou que as pessoas completamente imunizadas
contra a Covid-19 desenvolvem a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids)
"muito mais rápido que o previsto". A live foi removida pelo Facebook
de todas as suas plataformas, incluindo o Instagram.
“Temos um delinquente contumaz na Presidência da República! Informo que
incluiremos no relatório da CPI a fala mentirosa e absurda de Bolsonaro
associando a vacina contra a Covid-19 à Aids”, escreveu o vice-presidente da
CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), no Twitter. “Além disso,
encaminharemos ofício ao ministro Alexandre de Moraes [do STF], pedindo que
Bolsonaro seja investigado por esse absurdo no âmbito do inquérito das fake
news e recomendaremos às plataformas de redes sociais a suspensão e/ou o
banimento do presidente”, completou em seguida.
De acordo com o jornal O Globo, o requerimento pedindo que a fake news
difundida por Bolsonaro seja encaminhada a Alexandre de Moraes para que ele
"tome ciência da reiterada e flagrante conduta potencialmente criminosa do
Sr. Presidente da República" foi apresentado pelo senador Alessandro
Vieira (Cidadania-SE). O ministro é o relator do inquérito das fake news que
tramita na Corte.
"Esta Comissão Parlamentar de Inquérito deve encaminhar o presente
requerimento ao eminente Ministro do Supremo Tribunal Federal, Sr. Alexandre de
Moraes, relator do inquérito 4.781, para que tome ciência dos termos da
declaração do Sr. Presidente da República no dia 21 de outubro do corrente ano,
para exame do potencial cometimento dos crimes em epígrafe, com flagrância e
continuidade, determinando a retirada do conteúdo do ar e adotando demais
providências que entender pertinentes", justificou o parlamentar.
"Sem meias palavras: as ações do Presidente Jair Bolsonaro causaram
e continuam a causar diariamente a morte de brasileiros que teriam suas vidas
poupadas caso o seu principal mandatário tivesse uma conduta minimamente
razoável e responsável. Cabe aos demais Poderes da República encontrar soluções
para que a prática delituosa seja interrompida", destacou Vieira.
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