10 de outubro de 2021
Além de culpar
injustamente os governadores pela alta nos preços dos combustíveis, o
presidente Jair Bolsonaro ameaçou os consumidores com novos aumentos. O
inquilino do Palácio do Planalto disse que não pretende controlar os preços da
gasolina, óleo diesel, gás de cozinha e etanol.
“Reclamam no
Brasil aumento de preço de mantimentos, combustível, ninguém faz isso porque
quer. Eu não tenho poder sobre a Petrobras. Eu não vou na canetada congelar o
preço do combustível, muitos querem. Nós já tivemos uma experiência de
congelamento no passado”, disse Bolsonaro, antecipando que novos aumentos virão
aí.
A fala do
presidente ocorreu na sexta (08/10) na 1ª feira do nióbio em São Paulo. No
evento ele foi vaiado por mulheres, que o apuparam pelo conjunto da obra.
A Petrobras,
cujo controle é do governo federal, adotou a paridade com o mercado
internacional para remunerar os acionistas, que são especuladores parasitários
na estatal. Eles ganharam dinheiro em cima do sofrimento do povo.
O esquema
funciona assim: os combustíveis no país são reajustados de acordo com a
variação do dólar e a cotação internacional do petróleo; ou seja, os
consumidores brasileiros pagam em moeda americana enquanto recebem seu salário
defasado em real, que perdem poder de compra devido à inflação.
A fase mais
cruel dessa política de aumentos dos derivados de petróleo está no uso de lenha
no lugar do gás de cozinha. O botijão de 13 kg chega a R$ 135 [era R$ 35 na
época de Dilma Rousseff, em 2016]. Como consequência, aumentaram os incêndios,
as mortes e os sequelados.
A gasolina já
é vendida ao preço de R$ 7 por litro, mas há quem projete dez reais até o fim
deste ano por litro.
O diabo é que
essa política de aumentos de preços dos combustíveis, com lastro no dólar,
entristece o Brasil, mas deixa muito feliz o ministro da Economia, Paulo
Guedes, que tem contas secretas [offshores] em paraíso fiscal. O membro do
impoluto governo Bolsonaro esconde US$ 9,5 milhões nas Ilhas Virgens
Britânicas. O valor equivale a R$ 51 milhões. Guedes ganhou cerca de R$ 14 mil
diários na especulação em cada um dos mil dias no cargo.
No entanto,
Bolsonaro disse que não mexerá nessa patifaria.
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