O pacote criminoso de Sérgio Moro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Ex-juiz sempre militou no partido, como
mostra a blindagem de Álvaro Dias, que estruturou o partido no Paraná,
juntamente com o empreiteiro Malucelli, envolvido em casos graves de corrupção
25 de outubro de 2021
Colunista do 247, foi subeditor de Veja e repórter do Jornal Nacional,
entre outros veículos. Ganhou os prêmios Esso (equipe, 1992), Vladimir Herzog e
Jornalismo Social (revista Imprensa)
...
Sergio Moro deve se filiar ao Podemos, informa Lauro Jardim. Era a bola que
cantei desde 2017, quando havia sinais de que a Lava Jato havia poupado o
senador Álvaro Dias, responsável por estruturar o partido no Estado, juntamente
com o empreiteiro Joel Malucelli, também poupado pela Lava Jato, mas que teve
sua prisão decretada pelo Ministério Público do Estado.
Malucelli acabaria confessando, em delação para os promotores do Estado,
que participara de reunião para definir propina num contrato para manutenção de
estradas rurais com o governo do de Beto Rocha, do PSDB, antiga casa de Álvaro
Dias.
Por baixo da toga, Moro nunca usou o colan e a capa do superman, mas o
figurino de político. A toga era fantasia. Agora que assumirá a candidatura
pelo Podemos, terá de enfrentar denúncias pesadas. Tem gente no Paraná louca
para abrir a caixa de ferramenta.
Existe um áudio em que ele aparece quebrando o sigilo de um processo com
seu (ex?) amigo Carlos Zucolotto Júnior, que virou lobista de carteirinha
depois que ele foi para o Ministério do Justiça. Também tem um advogado com
coceira na língua para falar como Álvaro Dias foi poupado.
Álvaro Dias teve pelo menos uma de suas campanhas patrocinada em parte
pelo doleiro Alberto Yussef, delator de estimação do ex-juiz. O banqueiro Paulo
Guedes também apareceu nas papeladas da Lava Jato, mas ficou tudo por isso
mesmo. Por que Guedes levou Moro a Bolsonaro?
Tem também casos menos graves, mas reveladores da verdadeira face de
Moro. Como juiz, ele mandou carta ao responsável pela banca examinadora de um
concurso para advogado de uma empresa pública que administrava a previdência
dos servidores do Paraná.
A esposa do então magistrado tinha sido reprovada no concurso, mas Moro
queria que a prova fosse revisada, para ela conseguir o cargo. O responsável
pelo concurso não atendeu ao pedido de Moro, mas guardou a carta, que está em
posse de outro advogado, com coceira na mão para vazar.
E tem mais, bem mais… Nada que tenha aparecido nas biografias chapa
branca que surgiram por aí, para enganar os incautos e criminalizar a política.
Por outro lado, com a candidatura de Moro, o Podemos também vai para o
proscênio.
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