Renan
Calheiros e Bolsonaro discursando na ONU (Foto: Pedro França/Agência Senado |
REUTERS/Eduardo Munoz/Pool)
O relator explicou que o indiciamento de Bolsonaro por genocídio
"não foi retirado", e sim "trocado por mais um indiciamento, de
crimes contra a humanidade"
20 de outubro
de 2021
O relator da
CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou a jornalistas nesta
quarta-feira (20) antes do início da sessão do colegiado que o relatório final
da comissão sugere uma pena de 30 anos para Jair Bolsonaro.
Questionado
sobre a retirada do pedido de indiciamento do chefe do governo federal pelo
crime de genocídio, o relator explicou que isto não foi subtraído, mas sim
alterado para crime contra a humanidade. "Não foi retirado, foi trocado
por mais um indiciamento, de crimes contra a humanidade. Ele será indiciado por
crimes contra a humanidade na questão da Prevent Senior, de Manaus e também dos
povos indígenas".
Ele confirmou,
no entanto, a retirada do pedido de indiciamento por homicídio. "O que foi
retirado foi o crime de homicídio. Nos rendemos aos argumentos técnicos do senador
Alessandro Vieira, e eu concordo com eles. E aproveitei a oportunidade para
agravar ainda mais esse crime, qualificá-lo ainda mais porque estende sua pena
para 30 anos".
"Eu
concordei com as mudanças, todos nós fizemos concessões", declarou o
relator.
Renan já
aproveitou também para colocar pressão sobre o procurador-geral da República,
Augusto Aras, que terá a responsabilidade de dar andamento nos processos após o
término da CPI. "As consistências jurídicas estão todas postas, e o PGR
tem o dever de observar tudo que foi investigado pela CPI. É dever. É
dever".
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