7 de novembro de 2021
A recusa do
presidente da Câmara, Arthur Lira, em fornecer a lista dos deputados que
votaram a PEC dos Precatórios sem estarem em plenário ou mesmo sem estar no
país é daquelas coisas absurdas que achávamos ter deixado para trás nos sertões
dos anos 30, com a eleição a bico de pena.
É lógico que,
se mantida por ele, vai cair de imediato no Judiciário, tamanho o absurdo que é
ser um procedimento obrigatório o registro de ausência em função de missão
oficial que, portanto, é pública.
Exigir, como
se fez à Folha de S.Paulo, um recurso à Lei de Acesso à Informação, sobretudo
numa votação que é nominal, aberta, é um disparate autoritário que não tem
qualquer justificativa.
Ontem, começou
a cair essa monstruosa manipulação, mediante o pagamento de emendas anônimas,
dita de relator – um deputado afirmou que pagava-se, assim, R$ 15 milhões por
voto.
Aliás, é este
o destino de perto de um terço do excedente orçamentário, além de irrigar o
Fundo Eleitoral e a prorrogação da desoneração da folha e pagamentos das
empresas de 17 setores da economia.
Hoje, essa
novidade em centenas de anos de parlamento: o voto-bagagem, o que viaja junto
com o parlamentar.
Arthur Lira
vai se convertendo num Eduardo Cunha, com aquela história do “sou apenas o usufrutuário”
das contas no exterior.
No caso de
Lira, votos no exterior.
Tijolaço
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