Ciro
Gomes (Foto: Reprodução/Facebook)
Segundo esses parlamentares, havia pouco espaço para crescimento
de Ciro num campo de terceira via fragmentado. Presidenciável suspendeu sua
candidatura nesta quinta-feira, após deputados do PDT votarem a favor da PEC dos
Precatórios
4 de novembro
de 2021
A decisão de
Ciro Gomes em suspender a sua pré-candidatura à Presidência da República até
que o PDT reveja a sua posição na PEC dos Precatórios foi lida no meio político
como uma maneira de preparar uma "saída honrosa" da corrida
eleitoral, segundo parlamentares procurados pelo Blog de Júlia Duailibi, no
portal G1. A jornalista não informou os nomes dos deputados.
Parte da
bancada do partido votou a favor da proposta, aprovada em primeiro turno na
Câmara na madrugada desta quinta-feira (4).
Esses
deputados avaliam que Ciro estava em uma posição complicada para conseguir
viabilizar a sua candidatura na terceira via, que já tem Lula forte ocupando o
polo da esquerda e o presidente Bolsonaro forte ocupando o polo da extrema
direita.
Segundo esses
parlamentares, havia pouco espaço para crescimento de Ciro num campo de
terceira via fragmentado. E é exatamente o que aconteceu nesta semana com o
ex-ministro Sergio Moro ensaiando anunciar a pré-candidatura pelo Podemos, os
pré-candidatos do PSDB também dizendo que vão se lançar na disputa e a eventual
entrada do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, via o PSD, tem tornado a
terceira via cada vez mais congestionada e, portanto, uma missão cada vez mais
difícil para Ciro Gomes.
Saiba mais
Ciro
Gomes divulgou pouco depois de 8h desta
quinta-feira (4) uma sequência de tuítes nos quais comunica a suspensão de sua
candidatura presidencial em reação à votação da bancada do PDT na Câmara pela
aprovação da PEC dos Precatórios, na noite desta quarta: "Há momentos em
que a vida nos traz surpresas fortemente negativas e nos coloca graves
desafios. É o que sinto, neste momento, ao deparar-me com a decisão de parte
substantiva da bancada do PDT de apoiar a famigerada PEC dos Precatórios. A mim
só me resta um caminho : deixar a minha pré-candidatura em suspenso até que a
bancada do meu partido reavalie sua posição. Temos um instrumento definitivo
nas mãos, que é a votação em segundo turno, para reverter a decisão e voltarmos ao rumo certo.
Não podemos compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas. Justiça social e
defesa dos mais pobres não podem ser confundidas com corrupção, clientelismo
grosseiro, erros administrativos graves, desvios de verbas, calotes, quebra de
contratos e com abalos ao arcabouço constitucional".
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