(Foto:
Lula Marques/Fotos Públicas)
"Moro é inimigo da democracia, é uma ameaça permanente ao
Estado de Direito. A filiação dele, enfim, institucionaliza o gangsterismo na
política", afirma o colunista Jeferson Miola
10 de novembro
de 2021
Integrante do
Instituto de Debates, Estudos e Alternativas de Porto Alegre (Idea), foi
coordenador-executivo do 5º Fórum Social Mundial
..
Sérgio Moro é
um ex-juiz. Não um ex-juiz qualquer, mas um ex-juiz condenado pela Suprema
Corte do Brasil como suspeito, parcial, posicionado.
Ser
considerado suspeito é o mais grave e o mais vergonhoso castigo que um juiz
pode receber. Representa a inabilitação para o exercício da magistratura, é o
maior reconhecimento de imprestabilidade para a atuação judicial.
Os métodos
empregados por Moro, estranhos ao universo do Direito e da Justiça, podem ser
equiparados com os métodos de chefes de organizações mafiosas. Segundo
Salvatore Lupo, “Máfia é uma organização criminosa cujas atividades estão
submetidas a uma direção de membros que sempre ocorre de forma oculta e que
repousa numa estratégia de infiltração da sociedade civil e das instituições”.
Na Lava Jato,
Moro foi o chefe dos chefes, il capo di tutti capi, o elemento infiltrado no
judiciário que exerceu a direção “de forma oculta” da organização criminosa.
Ele reuniu todos atributos de il capo; sequer faltou-lhe um codinome.
Como juiz e
como fascista, e no contexto de um Estado de Exceção por ele próprio erigido,
Moro praticou contra Lula aquilo que é conhecido como o direito penal do
inimigo – arbítrio inspirado no nazista Carl Schmitt, contraposto ao direito
penal do cidadão.
Moro dedicou
mais da metade da carreira de 22 anos no judiciário na caçada implacável ao
inimigo fundamental, Lula. Não sossegou até terminar a missão a ele confiada
por seus patrões de Washington, de prender arbitrariamente o ex-presidente para
destruir a soberania nacional e colocar o Brasil no rumo do abismo.
Moro é mais
que um ex-juiz corrupto; é um criminoso que colocou a toga a serviço do
gangsterismo e do fascismo.
Ele corrompeu
o sistema de justiça para a materialização de interesses políticos, pessoais e
partidários da direita e extrema-direita. Por isso se consagrou mundialmente
como o responsável pelo maior escândalo de corrupção judicial da história.
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