Governador do Maranhão, Flávio Dino, procurador Deltan Dallagnol
e Sérgio Moro (Foto: Gilson Teixeira/Secom | Reuters)
"Pelo menos uma corrupção eles diminuíram: a de políticos
disfarçados com a toga nos ombros. Tem dois a menos", afirmou o governador
do Maranhão ao comentar a provável entrada de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol na
política
5 de novembro
de 2021
O governador
do Maranhão, Flávio Dino (PSB), criticou Sérgio Moro e o procurador Deltan
Dallagnol após ambos lançarem-se como candidatos. "Os arautos do suposto
'combate à corrupção' interferiram ilegalmente na eleição de 2018 para gerar o
período mais corrupto da história política do Brasil. Mas pelo menos uma
corrupção eles diminuíram: a de políticos disfarçados com a toga nos ombros.
Tem dois a menos", disse o chefe do executivo maranhense no Twitter.
Dallagnol deve
concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados em 2022. Moro deve se filiar ao
Podemos na próxima quarta-feira (10).
Moro foi
condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) foi causa da parcialidade contra
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (veja aqui e aqui). De acordo com o
site Intercept Brasil, ele ajudava procuradores do Ministério Público Federal
no Paraná na elaboração de denúncias.
Em uma das
mensagens, trocadas em 16 de fevereiro de 2016 e incluída pela defesa de Lula
na ação, o então magistrado pergunta se os procuradores têm uma "denúncia
sólida o suficiente" contra Lula.
Moro também
chegou a questionar a capacidade de a procuradora Laura Tessler em interrogar
Lula.
Em outra
conversa, de 28 de abril de 2016, Dallagnol avisou à procuradora que o então
juiz o havia alertado sobre a falta de uma informação na denúncia de um réu —
Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com
a Petrobrás.
Entre outras
irregularidades, Dallagnol recebeu R$ 33 mil da empresa de tecnologia digital
Neoway por uma palestra. A instituição foi citada em uma delação premiada da
Lava Jato.
Ainda de
acordo com a Vaza Jato, Dallagnol fez pressão sobre o Judiciário para conseguir
a indicação de um juiz "amigo" à frente da Lava Jato, após a saída de
Moro.
Ainda na
esteira das ilegalidades, Dallagnol e o procurador Vladimir Aras não entregaram
nomes de pelo menos 17 americanos que estiveram em Curitiba (PR) em 2015, o que
não foi informado ao Ministério da Justiça.
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