Lula e
Emmanuel Macron (Foto: Ricardo Stuckert)
Em Berlim, Bruxelas, Madrid ou Paris, onde foi recebido com honras
no Palácio do Eliseu, Lula cultivou sua posição de líder global. Um ano antes
da eleição presidencial no Brasil, ele é uma alternativa a Jair Bolsonaro, diz
o Le Monde, um dos principais jornais da França
18 de novembro
de 2021
Um dos
principais jornais da França, Le Monde, destaca o sucesso do giro europeu de
Lula. A reportagem assinala que Lula foi recebido na quarta-feira (17) no
Palácio do Eliseu como chefe de Estado pelo presidente francês, Emmanuel
Macron.
"O
carismático líder da esquerda brasileira foi recebido com todas as honras no
Palácio do Eliseu", diz Le Monde. Emmanuel Macron "não hesitou em
convocar a Guarda Republicana para a ocasião e descer os sete degraus do
palácio para receber calorosamente seu ilustre convidado".
O Palácio do
Eliseu, sede da Presidência da República Francesa, classificou o encontro de
uma hora entre Macron e Lula como "caloroso" e de "alto
nível".
Como dois
chefes de Estado intercambiando opiniões, eles abordaram no encontro temas
sensíveis como clima, Amazônia, América Latina, Europa, globalização, entre
outros.
Le Monde
destaca que Macron e Lula descobriram que têm interesses mútuos, algo que foi
observado por especialistas em política internacional. “Lula e Macron certamente serão candidatos
presidenciais no próximo ano em seus respectivos países e cada um deve
enfrentar um populista de extrema direita: Jair Bolsonaro no Brasil, e Eric
Zemmour ou Marine Le Pen na França. Ao aparecerem juntos, eles mostram que
estão engajados na mesma luta pela democracia ", disse Hussein Kalout,
professor de relações internacionais da Universidade de Harvard.
O jornal
aponta que para Emmanuel Macron, o encontro também foi a oportunidade perfeita
para acertar suas contas antigas com Jair Bolsonaro. "O presidente francês
jamais digeriu as zombarias e os insultos lançados contra ele (e contra sua
esposa) durante a grave crise diplomática de agosto de 2019, que surgiu em meio
a incêndios na Amazônia". Macron chegou a desejar que "o povo
brasileiro tenha muito rapidamente um presidente que se comporte à altura"
de seu cargo.
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