12 de novembro de 2021
Em março passado, uma suposta compra de R$ 120 mil em Viagra pelo
governo federal agitou as redes sociais. O boato era de que o ministro da
Economia, Paulo Guedes, teria sido o ordenador da despesa. No entanto, a velha
mídia corporativa saiu em defesa de sua “galinha dos ovos de ouro” dizendo que
era “fake news” a aquisição do medicamento indicado para o tratamento de
disfunção erétil.
Pelo sim pelo não, nem ‘Viagra’ levantou a economia de Paulo Guedes e
Jair Bolsonaro nesse período. Até a revista conservadora britânica The Economist
diz que ‘Jair Bolsonaro é ruim para a economia do Brasil’ ao diagnosticar
corretamente o quadro: inflação, juros altos e estagnação da economia. O Blog
do Esmael, mais sintonizado aos interesses da sociedade, ainda aponta o
desemprego e a fome.
De acordo com levantamento do IBGE, o setor de serviços caiu 0,6% em
setembro após 5 altas seguidas e as vendas do comércio caíram pelo 2º mês
seguido, na comparação entre os meses de agosto e setembro, e o setor fechou 3º
trimestre no vermelho.
Note que a broxada de Guedes e Bolsonaro é única e de dimensão global.
Eles broxaram juntos.
Segundo a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, a taxa de
desemprego na zona do euro caiu para 7,4% em setembro, de 7,5% em agosto, em
meio à forte recuperação econômica na região.
Na contramão da recuperação na Europa e nos EUA, com recuo de 4,6% em
outubro, a economia do Brasil colapsou e os trabalhadores são os primeiros a
pagar a conta dessa crise neoliberal.
O desemprego no Brasil caiu para 13,2%, segundo dados da Pnad (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios), feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) no trimestre terminado em agosto. No término do mesmo
trimestre em 2020, a falta de ocupação atingia 14,4% dos brasileiros.
Ocorre que o número de desocupados no Brasil é maior quando se leva em
consideração os desalentados, pejotizados, informalizados, desempregados, etc.
A População Economicamente Ativa (PEA) é de 105 milhões, esse contingente gira
em torno de 30% da PEA. Ou seja, o número de desocupados chega no mínimo a 30
milhões de pessoas.
Há estudos que indicam cerca de 80 milhões de brasileiros que necessitam
de ajuda para poder comer e existir. Os auxílios emergenciais na pandemia
chegaram a 77 milhões de pessoas. Esses dados são oficiais, do Ministério da
Cidadania.
No entanto, existe saída no fundo do túnel: mude o governo.
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