Por Fernando
Brito | 25 de novembro de 2021
Pesquisa com
credibilidade no meio político, o PoderData que se divulgou no final da tarde
tem como “novidade” justo o fato de nada ter se movido no terreno eleitoral
duas semanas depois do lançamento – com pompa, circunstância e muita mídia – da
candidatura de Sergio Moro.
O número
alcançado de Moro (8%) no primeiro turno não difere, praticamente, daquele que
registrava antes. E, no segundo, apenas se iguala ao que atinge Bolsonaro. Isto
é, aquele que alcança o antilulismo.
A diferença
continua confortável para o ex-presidente, maior até do que a mostrada na
tabela acima, porque ela se refere a percentuais sobre os votos totais e não
sobre os válidos, como considera a lei eleitoral. No caso da disputa com
Bolsoaro, o ex-presidente, nos válidos, alcançaria 63,5% a 36,5% sobre
Bolsonaro, diferença maior do que teve nas eleições de 2002 e 2006.
E o fato de
que a extrema direita, com Bolsonaro ou com Moro, não alcançar sequer o um
terço de preferência e, com ambos, parar nos 31% é um indicador de que tem todo
sentido pensar que a tendência de Lula é mesmo, no quadro de hoje, ficar acima
de 60% no turno final.
Não creio que
estes números tendam a mudar significativamente até março, quando, depois das
festas de Carnaval, as campanhas estarão, de fato, nas ruas.
Mas, se
confirmados os índices alcançados nesta pesquisa nos levantamentos do Ipec (o
ex-Ibope) e no Datafolha, o ex-juiz terá colhido seu primeiro revés eleitoral:
a montanha não foi a que se julga Maomé.
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