Jair Bolsonaro (Foto: ABr)
Associação dos Servidores da Anvisa
qualificou como "abertamente fascista" a ameaça de expor os nomes dos
funcionários responsáveis pela aprovação da vacinação de crianças contra Covid
17 de dezembro de 2021
A Associação dos Servidores da Anvisa (Univisa) repudiou, em nota
divulgada nesta sexta-feira (17), a ameaça feita por Jair Bolsonaro contra os
técnicos do órgão em função da aprovação da aplicação de vacinas da Pfizer
contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos e qualificou a fala do chefe do
Executivo como “abertamente fascista”.
No texto, de acordo com O Globo, a Univisa afirma repudiar “qualquer
ameaça proferida contra o corpo técnico da Anvisa, bem como quaisquer
tentativas de intervenção sobre o posicionamento da autoridade sanitária que
não advenham do debate estritamente científico e democrático”.
Ainda segundo a entidade, a tentativa de intimidação feita por Bolsonaro
é “algo extremamente incompatível com o regime democrático e que deveria
inspirar a máxima atenção das autoridades competentes” e “mostra-se como ameaça
de retaliação[...], método abertamente fascista e cujos resultados podem ser
trágicos e violentos”.
A ameaça de Jair Bolsonaro foi feita durante uma transmissão ao vivo nas
redes sociais, na quinta-feira (16). Na ocasião, Bolsonaro defendeu a exposição
dos nomes dos servidores que aprovaram a vacinação infantil contra a
Covid-19.”Eu pedi o nome das pessoas que aprovaram a vacinação de crianças de 5
a 11 anos, para que todo mundo tome conhecimento de quem são essas pessoas e
formem o seu juízo. […] Você tem o direito de saber o nome das pessoas que
aprovaram a vacinação a partir de 5 anos”, disse o ocupante do Palácio do
Planalto na live.
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