(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)
Segundo o jornalista Luis Nassif, Deltan
Dallagnol, da Lava Jato, aproveitou a popularidade angariada com a “luta contra
a corrupção” para enriquecer e, agora, entrar para a política
2 de dezembro de 2021
O jornalista Luís Nassif, vencedor do Prêmio Comunique-se 2021 como
melhor jornalista de Economia, em nova reportagem no jornal GGN, denunciou mais
uma ilegalidade do coordenador da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba, Deltan
Dallagnol (Podemos). De acordo com Nassif, o lavajatista adquiriu imóvel com
informações privilegiadas, o que é ilegal.
Nos leilões, define-se o preço do bem de acordo com avaliações de
mercado. Por isso, geralmente, o público restrito que frequenta espera o
segundo lance do bem leiloado - no caso, um imóvel - para ter preços melhores.
“Se nenhum lance cobre o preço mínimo no primeiro leilão, parte-se para
o segundo, com preços menores. Aì, abrem-se as possibilidades para bons
negócios, beneficiando as pessoas mais bem informadas – ou por serem usuais em
leilões, ou por dicas que recebem de funcionários envolvidos nos processos e
nos leilões”, lembra Nassif.
Diante disso, o jornalista lembra que “fica vedado a autoridades
judiciais participar de leilões judiciais em suas áreas de atuação, incluindo
obviamente os procuradores que atuam na jurisdição”, de acordo com o Conselho
Nacional de Justiça, com base no Artigo 497 do Código Civil, que define:
CÓDIGO CIVIL Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados,
ainda que em hasta pública: (….) III – pelos juízes, secretários de tribunais,
arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça, os bens
ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde
servirem, ou a que se estender a sua autoridade.
“A razão é simples. Trabalhando na jurisdição que realiza o leilão, o
funcionário tem acesso a informações privilegiadas e a dicas de compadrio”,
explica Nassif. “É o caso do imóvel arrematado no leilão judicial, e adquirido
por Fernanda Dallagnol”, que casada em comunhão parcial de bens com o
procurador Deltan Dallagnol. Nassif revelou que o imóvel adquirido por Fernando
teve negociação direta de Deltan.
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