Jair
Renan Bolsonaro (Foto: Reprodução)
Jair Renan é suspeito de utilizar sua empresa de eventos para
promover articulações entre a Gramazini Granitos e o ministro do
Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho
14 de dezembro
de 2021
A Polícia
Federal intimou o filho mais novo de Jair Bolsonaro, Jair Renan, para depor em
inquérito que apura o pagamento de
suposta propina por empresários com interesses na administração pública.
Segundo o jornal O Globo, o depoimento deve ocorrer ainda nesta semana.
A investigação
tramita na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal e o
documento do inquérito aponta que houve associação de Jair Renan com outras
pessoas "no recebimento de vantagens de empresários com interesses,
vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem
aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade. O núcleo
empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de
publicidade e outros empresários".
Jair Renan é
suspeito de utilizar sua empresa de eventos, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia,
para promover articulações, um lobby, entre a Gramazini Granitos e Mármores
Thomazini, grupo empresarial que atua nos setores de mineração e construção, e
o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Segundo O
Globo, os outros alvos da investigação serão ouvidos ao longo da semana para
concluir o inquérito e, assim, a PF produzir um relatório final para apontar se
houve cometimento de crime por parte de Jair Renan.
O grupo
Gramazini Granitos e Mármores Thomazini tem interesses junto ao governo federal
presenteou Jair Renan e o empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais
do filho do presidente, com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil. Um mês
após a doação, a empresa se reuniu com Marinho, numa reunião que teve a
participação de Jair Renan.
O advogado da
família, Frederick Wassef, envolvido no caso das rachadinhas de Flávio
Bolsonaro, disse que não poderia comentar sobre a intimação de Jair Renan, pois
“as investigações ainda estão em curso, e o inquérito tramita em segredo,
portanto eu não posso falar absolutamente nada do inquérito”.
“O que eu
posso afirmar é que Jair Renan jamais ganhou qualquer carro que seja, e jamais
praticou qualquer ato irregular ou ilícito. Trata-se de uma investigação
instaurada por manifestação e requerimento de parlamentar de esquerda”,
afirmou.
Ameaça a
jornalista
Em outubro, o
jornalista Joaquim de Carvalho, do Brasil 247, denunciou que o parceiro de Jair
Renan, Allan Lucena, o intimidou enquanto investigava o caso. Carvalho buscava
entender por que Lucena alegava que estava sendo perseguido em B.O registrado
na polícia.
A polícia
descobriu que quem o perseguia era o policial federal Luís Felipe Barros Félix,
um dos principais seguranças de Bolsonaro no dia do suposto atentado contra
Jair Bolsonaro em Juiz de Fora, investigado pelo jornalista – que expôs as
contradições do caso em documentário na TV 247.
Joaquim tentou
entrar em contato com Allan Lucena e, após alguns entreveros, o parceiro de
Jair Renan lhe mandou “uma mensagem com o print de uma conversa com alguém não
identificado”, informou o jornalista em outubro.
“Na conversa,
em letras maiúsculas, está o nome completo da minha esposa e também o de um dos
meus filhos. Na conversa, ele dizia que o meu telefone estava em nome dos dois,
além do meu, o que é uma absoluta inverdade”, denunciou Joaquim de Carvalho.
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