05 de Dezembro de 2021
Muita gente se chocou com os pulinhos de Michele Bolsonaro, comemorando,
como quem acerta os números numa cartela de bingo, a aprovação do sr. André
Mendonça para integrar o outrora vetusto Supremo Tribunal Federal.
Há pouca importância no saltitar da primeira-dama que, exceto este papel
decorativo, não tem nem funções públicas e oficiais a desempenhar, nem mesmo a
mixórdia que tempos atrás se atribuiu à jovem “conja” de Michel Temer, a de ser
“bela, recatada e do lar”.
Deixe-se isso à conta da infantilidade da senhora e de sua compreensão
da fé religiosa como um jogo da futebol, onde grita-se “aleluia” a cada “gol do
time de Deus”.
Mas não há atenuantes para as fotos distribuídas pela própria
Presidência, a dos saltos simiescos de Jair Bolsonaro tropegamente abraçado a
Mendonça, antítese de qualquer ideia de decoro , para um ministro
“terrivelmente evangélico”.
Como a vergonha é pouca, numa terra tomada pelos sem-vergonha, foi
preciso esperar a coluna de Janio de Freitas para que a imagem ganhasse sua
legenda demolidora, a única companhia digna da cena circense com que Mendonça
ingressa no Supremo.
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