(Foto:
Reprodução)
“Os
brasileiros assistem a essa cena repugnante com tolerância, muitos conseguem
achar graça e os mandarins do centrão acham normal”, destaca Alex Solnik
22 de dezembro
de 2021
Alex Solnik é
jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor,
Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais
"Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A
guerra do apagão" e "O domador de sonhos"
...
Alguém
consegue imaginar Boris Johnson de short e colete salva-vidas dançando funk que
compara mulheres a cadelas, numa lancha, num fim de ano que se encerra com 600
mil mortos por covid, com recessão, desemprego, fome e inflação em alta?
Alguém
consegue imaginar Alberto Fernandez de short, numa lancha, dançando funk que
compara mulheres a cadelas? E achar que isso não provocaria um escândalo de
consequências imprevisíveis e sua destituição imediata?
Alguém acha
que se Emmanuel Macron aparecesse de short dançando funk que compara mulheres a
cadelas, numa lancha, ele continuaria no poder no dia seguinte?
Os franceses
não reagiriam a esse ultraje?
Mas, aqui, os
brasileiros assistem a essa cena repugnante com tolerância, muitos conseguem
achar graça e os mandarins do centrão acham normal: “é o jeitão do homem”.
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