Mayra Pinheiro e Marcelo Queiroga (Foto:
Edilson Rodrigues/Agência Senado | Jefferson Rudy/Agência Senado)
Entre os participantes da reunião estava a
secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro,
conhecida como Capitã Cloroquina
23 de dezembro de 2021
Secretários do Ministério da Saúde realizaram uma reunião na última
terça-feira (21) com conhecidas figuras negacionistas e contrárias à vacinação
contra a Covid-19 para discutir a consulta pública sobre a imunização de
crianças a partir de cinco anos que será aberta nesta quinta-feira (23).
A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) já liberou o uso de vacinas da Pfizer para essa faixa etária
e o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou prazo para que o governo federal
se posicione sobre o assunto. Jair Bolsonaro e integrantes do primeiro escalão
do governo, incluindo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, porém, tem se
posicionado de forma contrária à imunização de crianças e adolescentes.
De acordo com o Metrópoles, participaram da reunião pelo lado do governo
Mayra Pinheiro, que ficou conhecida como Capitã Cloroquina em função da sua
defesa de remédios sem eficácia científica comprovada, como a cloroquina e
hidroxicloroquina, e o médico olavista Hélio Angotti Neto. Mayra e Angotti
tiveram seus pedidos de indiciamento sugeridos pela CPI da Covid em outubro
pelos crimes de “epidemia com resultado morte, prevaricação e crime contra a
humanidade” e “epidemia com resultado morte e incitação ao crime”,
respectivamente
Além deles, participaram como convidados Bruno Campello de Souza e Ellen
Guimarães, que integraram a comitiva do governo federal que viajou à Manaus em
janeiro e que indicou remédios e procedimentos sem eficácia contra a Covid-19,
em meio a uma crise de falta de oxigênio hospitalar que matou milhares de
pessoas por sufocamento. Outros participantes do encontro foram Roberta Lacerda
de Miranda e Edmilson de Carvalho, do que assinaram um documento enviado à
Anvisa defendendo a não vacinação de crianças e adolescentes, clamando pela não
liberação da imunização para crianças de 5 a 11 anos.
A consulta pública que será aberta nesta quinta-feira ficará aberta até
o dia 2 de janeiro. O ministério promete se posicionar de forma definitiva
sobre o assunto até o dia 5 de janeiro. O aval da Anvisa abriu uma crise com a
cúpula do governo e Jair Bolsonaro ameaçou divulgar nomes de integrantes da
autarquia que aprovaram a medida. Queiroga também defendeu a exposição dos
profissionais que vêm sendo ameaçados de morte por extremistas antivacina e
bolsonaristas.
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