O descompromisso de Jair Bolsonaro com a
administração do país ficou, de novo, evidente
Por Fernando Brito | 14 de janeiro de 2022
O decreto que coloca a execução do Orçamento da União nas mãos de Ciro
Nogueira, ministro da Casa Civil, é sinal de que as verbas consideradas
“políticas” não escorrer como lama do barranco dos cofres federais.
Nenhum remanejamento de verbas – das emendas ou fora delas – pode ser
feito, agora, sem a prévia anuência do “delegado do Centrão” no governo e Paulo
Guedes passa à posição de um simples contabilista, sem poder de decisão.
A prioridade única será a liberação da montanha de verbas destinadas aos
parlamentares, agora transmutados em cabos eleitorais do atual presidente.
O “critério técnico” é “isso dá voto?”
Ninguém se espante se faltar dinheiro até para despesas obrigatórias,
porque o próprio governo admite que a conta dos pagamentos de vencimentos não
fecha em R$ 9 bilhões, mesmo sem os gastos das “bondades” que Bolsonaro
pretende (ou pretendia) dar a policiais.
Tudo entra na conta de ser culpa do pessoal do “fica em casa” e, com a
provável complicação da economia com a onda avassaladora da Ômicron, nisso aí
cabe uma “Parte 2” da desculpa esfarrapada.
A informação de que as contas da ONU nos colocam na antepenúltima
posição de crescimento do PIB em 2022, numa lista de 170 países, só à frente da
Guiné Equatorial e Mianmar é, ainda, otimista.
Vamos é encolher e, com a chave do cofre, o Centrão pouco se lixa para
isso. A farinha é pouca, mas seu pirão vem primeiro.
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