Estudo da Abraceel mostra alta de 114% para os consumidores, ante 48% de inflação no mesmo período
18 de janeiro de 2022
O golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, que retirou o
Brasil do mapa global de investimentos produtivos, também onerou empresas e
consumidores na compra de energia elétrica – um insumo básico para o
crescimento econômico. "Desde 2015, a conta de luz dos brasileiros subiu
mais do que o dobro da inflação. Dados da Associação Brasileira dos
Comercializadores de Energia (Abraceel) apontam que a tarifa residencial acumula
alta de 114% – ante 48% de inflação no mesmo período, uma diferença de 137%.
Além das correções anuais nas tarifas, os últimos anos têm sido marcados pela
criação de novos encargos e custos diretamente repassados para os
consumidores", aponta reportagem publicada por Marlla Sabino no jornal
Estado de S. Paulo.
"Ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e professor
de planejamento energético da UFRJ, Maurício Tolmasquim ressalta que outras
medidas aprovadas no Congresso também devem ter impacto negativo sobre o
consumidor. Entre elas, a contratação de térmicas a gás onde não há
infraestrutura para escoar o insumo, a criação de uma reserva de mercado para
pequenas centrais hidrelétricas e a prorrogação de contratos de usinas antigas
do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica
(Proinfa)", aponta ainda a reportagem. “Esses ‘jabutis’, fruto da ação de
lobbies no Congresso e referendados pelo governo, terão forte impacto sobre o
custo futuro da energia”, afirmou Tolmasquim.
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