Brasil chega aos 500 mil mortos pela Covid-19 com um
governo negacionista e vacinação atrasada
Em 2019, uma pessoa nascida no Brasil tinha
expectativa de viver, em média, até os 76,6 anos. Hoje vive cerca de 72,2 anos
21 de fevereiro de 2022
"A pandemia de covid-19 tirou 4,4 anos de expectativa de vida no
Brasil e antecipou em uma década a desaceleração do crescimento da mão de
obra", escreve a jornalista Marsílea Gombata, no Valor Econômico. "Em 2019, uma pessoa nascida no Brasil
tinha expectativa de viver, em média, até os 76,6 anos. Hoje vive cerca de 72,2
anos", pontua.
“O primeiro impacto da pandemia é o aumento da mortalidade e, como
consequência, forte redução da expectativa de vida”, afirma a pesquisadora Ana
Amélia Camarano, coordenadora de Estudos e Pesquisas de Igualdade de Gênero,
Raça e Gerações, da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc), do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
De março de 2020 a dezembro de 2021, afirma Ana, houve perda de 4,4 anos
na expectativa de vida. “Isso é muita coisa. Perder 4,4 anos em 22 meses
significa uma perda de vida de 0,36 ano ou quatro meses em cada mês”,
argumenta. “Entre 1980 e 2019 ganhou-se quatro meses por ano de expectativa de
vida. Entre 2019 e 2021, perdeu-se quatro meses por mês de expectativa de
vida.”
O Brasil já registrou mais de 28,2 milhões de casos e 645 mil mortes por
covid-19, num dos piores desempenhos globais, em razão da política negacionista
do governo de Jair Bolsonaro.
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