Jair Bolsonaro (Foto: ABr)
"Eu não defino preço na Petrobras. Eu
não decido nada", disse Jair Bolsonaro a apoiadores no Palácio da Alvorada
10 de março de 2022
Na tentativa de fugir da responsabilidade pelo desmonte da Petrobrás e
da consequente relação dos altos preços dos combustíveis com o dólar, Jair
Bolsonaro disse nesta quinta-feira (10) que não tem poder de decisão sobre a
política de preços da estatal.
"Eu não defino preço na Petrobras. Eu não decido nada, não. Só
quando tem problema cai no meu colo", disse ele a apoiadores.
Pelo cargo que ocupa, Bolsonaro tem poder de indicar o presidente da
Petrobrás, atualmente comandada pelo general Joaquim Silva e Luna. Também pode
indicar nomes para conselhos da empresa - eles que definem da política de
preços da estatal.
A Petrobrás anunciou, nesta quinta, que o litro da gasolina aumentará
18,77% e o do diesel, 24,9%. O gás de cozinha passará de R$ 3,86 para R$ 4,48
por quilo, um reajuste de 16%. Os reajustes passam a valer a partir desta
sexta-feira (11).
Nesta quinta, o Senado aprovou o Projeto de Lei n° 1.472/2021, que cria
a Conta de Estabilização dos preços de combustíveis e um auxílio-gasolina para
motoristas de aplicativos e taxistas.
Um dos principais líderes da greve dos caminhoneiros em 2018, Wanderlei
Alves, conhecido como Dedeco, afirmou que motoristas devem protestar contra os
aumentos dos combustíveis e "parar o país".
Em seu discurso, Bolsonaro também deu aos seus apoiadores uma fake news,
de que os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff fizeram
interferência na política de preços da Petrobrás. "Lula e Dilma interferiram
nos preços da Petrobras, entre outras coisas. Endividaram a empresa em R$ 900
bilhões".
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